Crianças autistas têm duas vezes mais probabilidade de sentir dor
Crianças com transtorno do espectro do autismo podem ter duas vezes mais probabilidade de sentir dor do que crianças sem autismo, sugere um novo estudo da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos.
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Os pesquisadores explicam que as crianças com autismo podem sentir mais dor porque geralmente têm outras condições médicas, como paralisia cerebral, epilepsia, deficiência intelectual ou problemas gastrointestinais.
Foram usadas respostas da Pesquisa Nacional de Saúde Infantil de 2016 a 2017 e extraídos dados sobre dor de cerca de 1 500 crianças com autismo entre seis e 17 anos de idade e quase 49 mil crianças sem autismo.
Os pais que responderam à pesquisa foram questionados se, no ano anterior, o seu filho apresentava dor física frequente ou crónica, incluindo dores de cabeça ou dores nas costas ou no corpo.
Os resultados mostraram que entre 16 e 20 por cento das crianças com autismo apresentaram dor contra apenas oito por cento das crianças sem o distúrbio do desenvolvimento neurológico. Além disso, também é possível que crianças com autismo possam sentir dor de maneira diferente de outras crianças.
Os autores do estudo explicaram que crianças com transtorno do espectro do autismo também têm sensibilidades sensoriais, o que significa que as sensações físicas podem ser experimentadas de maneira diferente ou incomodá-las mais.
Dessa forma, experiências dolorosas podem, portanto, causar-lhes mais angústia do que causariam a uma criança sem transtorno. Além disso, as crianças que têm dificuldades de linguagem e comunicação, comuns no autismo, podem ter mais dificuldade em descrever experiências dolorosas.