Repercussões de dieta podem ser passadas para gerações futuras
Um estudo realizado pelas universidades de Stanford, Harvard e Princeton, no Reino Unido, revelou que a dieta afeta mais do que apenas o corpo da pessoa; de facto, as repercussões de uma dieta pobre podem ser passadas para as gerações futuras.
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Segundo os cientistas, a microbiota intestinal de pessoas que seguem uma dieta ocidental é menos diversa do que a microbiota de populações que seguem dietas tradicionais.
As dietas tradicionais consistem principalmente em alimentos integrais e fermentados, enquanto a dieta ocidental inclui principalmente alimentos processados.
Os alimentos tradicionais também contêm muita fibra, a fonte de hidratos de carbono acessíveis à microbiota que é bastante reduzida na dieta ocidental. Usando ratos com microbiota humana, os cientistas confirmaram que uma dieta baixa em fibra desencadeia mudanças negativas na microbiota intestinal.
Os ratos que foram submetidos a esta dieta não apenas reduziram as populações de bactérias benéficas, como também sofreram uma perda progressiva da diversidade microbiana intestinal.
Os cientistas também descobriram que essa redução nas populações bacterianas é ineficientemente transferida para a próxima geração e coloca esses micróbios em risco de extinção no intestino. Restaurar essas populações microbianas provou ser uma tarefa difícil.
Os cientistas relataram que, numa única geração, as alterações da microbiota intestinal são amplamente reversíveis. No entanto, a reintrodução de fontes de fibra alimentar não é suficiente para recuperar a perda de diversidade.