Santa Marta já colocou corações artificiais em 15 crianças
Quinze crianças que nasceram com problemas cardíacos graves receberam nos últimos 15 anos, no Hospital Santa Marta, em Lisboa, um “coração artificial externo” que lhes permitiu viver até recuperarem ou fazer o transplante.
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Estes aparelhos de assistência ventricular foram aplicados pela primeira vez, em crianças, em Portugal, em 2004, no Serviço de Cardiologia Pediátrica do Hospital Santa Marta.
Em entrevista à agência Lusa, a responsável pelo Programa de Transplante Cardíaco do Hospital Santa Marta, Conceição Trigo, explicou que este sistema mecânico que apoia a circulação é aplicado quando “o coração entra em falência” e deixa de ser capaz de suportar a vida das crianças.
Com este sistema, a criança fica estável e pode fazer a sua vida dentro de determinados limites, enquanto “o coração recupera completamente” ou até encontrar um dador para transplantação.
No Hospital Santa Marta já foram sujeitos a este tratamento 15 doentes desde os primeiros meses de vida, o mais pequeno tinha cerca de dois meses.
Devido à sua condição, alguns têm de permanecer no hospital um longo período: “o tempo de espera para a transplantação é imprevisível, tanto pode ser 24 horas como um ano ou mais”, afirmou a também responsável.
Antes desta opção terapêutica, estas crianças não tinham perspetiva de sobrevivência. Contudo, advertiu, estes aparelhos não são isentos de complicação: “são estruturas muito complexas, em que muitos acidentes podem ocorrer”.
Durante os últimos 50 anos, milhares de crianças foram tratadas e acompanhadas no serviço de Cardiologia Pediátrica.
Alguns destes bebés são acompanhados no serviço mesmo antes de terem nascido pelo ecocardiograma fetal até à vida adulta.