Ómega-3 tão eficaz na promoção da atenção como fármacos para TDAH
Cientistas do Kings College London, no Reino Unido, em colaboração com a Universidade Médica de Taichung, na China, descobriram que os suplementos de ómega-3 melhoram a atenção entre crianças com Transtorno de Défice de Atenção e Hiperatividade (TDAH), mas apenas entre aquelas com baixos níveis de ómega-3 no sangue.
As estatísticas não podem ser mais esclarecedoras: em 2002 existiam cerca de 972 milhões de hipertensos em todo o mundo e as projecções para 2025 mostram que esse número irá aumentar para 1,56 biliões.
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Os resultados trazem uma abordagem personalizada da medicina à psiquiatria, demonstrando que o ómega-3 funciona apenas para algumas crianças com TDAH.
Pesquisas anteriores descobriram que crianças com deficiência de ómega-3 têm maior probabilidade de ter TDAH mais grave.
Quase 100 crianças com TDAH, com idades entre os seis e os 18 anos, receberam altas doses do ácido graxo ómega-3 EPA (ácido eicosapentaenóico) ou placebo por 12 semanas.
Os cientistas descobriram que crianças com os níveis sanguíneos mais baixos de EPA mostraram melhorias na atenção e vigilância focadas após tomar os suplementos de ómega-3, mas essas melhorias não foram observadas em crianças com níveis sanguíneos normais ou altos de EPA.
Além disso, para aquelas crianças com altos níveis sanguíneos pré-existentes de EPA, os suplementos de ómega-3 tiveram efeitos negativos nos sintomas de impulsividade.
Apesar dos resultados, publicados na revista Translational Psychiatry, os investigadores alertam que os pais devem consultar profissionais médicos antes de optar por dar aos filhos suplementos de ómega-3.
