Analfabetismo pode triplicar risco de demência
Um estudo publicado na revista Neurology revelou que pessoas que não conseguem ler podem ter uma maior probabilidade de desenvolver demência.
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DIA MUNDIAL DA HIPERTENSÃO
As estatísticas não podem ser mais esclarecedoras: em 2002 existiam cerca de 972 milhões de hipertensos em todo o mundo e as projecções para 2025 mostram que esse número irá aumentar para 1,56 biliões. LER MAIS
De acordo com os cientistas da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, ser capaz de ler e escrever permite que as pessoas se envolvam em mais atividades que usam o cérebro, como ler jornais e ajudar crianças e netos a fazer tarefas de casa.
O estudo analisou 983 pessoas com baixos níveis de educação formal; em média, os participantes do estudo tinham 77 anos e frequentaram a escola por, no máximo, quatro anos.
Com base num questionário, os cientistas descobriram que 237 participantes eram analfabetos e 746 eram alfabetizados; no início do estudo, os participantes foram submetidos a exames médicos e participaram em testes de memória e raciocínio.
Em seguida, eles repetiram os testes a cada 18 meses a dois anos por uma média de quatro anos.
No início do estudo, 83 das 237 pessoas que não sabiam ler ou escrever – 35 por cento desse grupo - já tinham demência.
Por outro lado, 134 pessoas do grupo de 746 participantes alfabetizados, ou 18 por cento, apresentavam essa doença.
No final do período do estudo, 114 das 237 pessoas que não sabiam ler ou escrever, ou 48 por cento, haviam desenvolvido demência. Enquanto isso, 201 das 746 pessoas alfabetizadas - ou 27 por cento - desenvolveram a doença.
Após o ajuste para fatores como o status socioeconómico, a idade e condições cardiovasculares, a análise revelou que os participantes analfabetos tinham duas vezes mais probabilidade de desenvolver demência.