MEDICAMENTO

Laboratório Militar vai produzir medicamentos à base de cannabis

O Laboratório Militar vai começar a produzir medicamentos manipulados à base de canabinóides até ao final do ano para poder dar resposta aos doentes que já tem prescrição médica, anunciou o Observatório Português de Canábis Medicinal (OPCM).

Laboratório Militar vai produzir medicamentos à base de cannabis

SOCIEDADE E SAÚDE

PRÉMIO NOBEL DA MEDICINA 2006

 
No âmbito de um protocolo assinado entre o Laboratório Militar de Produtos Químicos e Farmacêuticos (LMPQF) e o OPCM, o Laboratório Militar irá manipular canabidiol (CBD) e tetrahidrocanabinol (THC) isolados, à semelhança do que já faz com a metadona ou outros medicamentos para doenças raras.
 
De acordo com a lei, o Laboratório Militar está autorizado a produzir medicamentos que não se encontrem autorizados ou comercializados em Portugal e que sejam imprescindíveis na prática clínica e medicamentos manipulados, a distribuir pela rede hospitalar do Serviço Nacional de Saúde, assim como medicamentos necessários para fazer face a situações de emergência ou de epidemia, e medicamentos, preparações e substâncias à base da planta cannabis.
 
“No protocolo que estabelecemos, o laboratório adquire a matéria-prima, o canabidiol (CBD) e o tetrahidrocanabinol (THC) isolados, e faz um manipulado mediante a prescrição médica, seja para uma criança ou para um adulto”, explicou a presidente do OPCM Carla Dias.
 
O Laboratório Militar e o OPCM, em conjunto com a Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, estão a realizar uma pós-graduação em boas práticas para Canábis Medicinal para profissionais de saúde, que está na primeira edição e vão também analisar os óleos derivados de canábis que estão á venda no mercado.
 
Segundo o OPCM, a conferência Portugal Medical Cannabis 2019 recebeu o deferimento da sua candidatura à formação creditada pela Ordem dos Farmacêuticos para as áreas de Farmácia Comunitária, Farmácia Hospitalar, Investigação e Estudos Científicos, Indústria Farmacêutica, Análises Clínicas, Bromatológicas, Hidrológicas e Toxicológicas e Distribuição Farmacêutica.
 
Assim, os farmacêuticos que assistirem à conferência e fizerem os “workshops” podem receber até 1,08 créditos de formação.

Fonte: Lusa

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