Erva Kratom usava para tratar dependência e dor considerada insegura
A erva Kratom está a ser cada vez mais utilizada para controlar a dor e tratar a dependência de opioides; contudo, e de acordo com uma nova pesquisa liderada por cientistas da Universidade Binghamton e da Universidade Estadual de Nova York, ambas nos Estados Unidos, o seu uso pode não ser seguro para a saúde.
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A erva Kratom é um suplemento de ervas derivado de uma planta que cresce em todo o sudeste da Ásia, cujos produtos químicos ativos atuam nos recetores opioides do corpo. Os pacientes relatam o uso do suplemento para tratar/prevenir a abstinência, tratar o distúrbio do uso de opioides ou tratar a dor.
A fim de avaliar melhor se a erva Kratom era segura o suficiente para ser usada como um suplemento, os cientistas conduziram uma revisão retrospetiva das exposições à erva relatadas ao National Poison Data System para determinar as toxicidades associadas ao seu uso.
Foram relatadas 2 312 exposições à erva kratom, com 935 casos envolvendo a erva como a única substância. Este suplemento causou mais agitação (18,6 por cento), taquicardia (16,9 por cento), sonolência (13,6 por cento), vómitos (11,2 por cento) e confusão (8,1 por cento).
Efeitos graves como convulsões (6,1 por cento), abstinência (6,1 por cento), alucinações (4,8 por cento), depressão respiratória (2,8 por cento), coma (2,3 por cento) e paragens cardiovasculares ou respiratórias (0,6 por cento) também foram relatadas.
A erva Kratom foi listada como a causa ou fator contribuinte para a morte de quatro pessoas.
Assim sendo, os resultados sugerem que a erva Kratom não é razoavelmente segura e representa uma ameaça à saúde pública devido à sua disponibilidade como suplemento no mercado.