Estudo avalia consumo de opioides no pós-operatório e fatores pessoais
Embora tenham sido descritas características associadas ao uso hospitalar de opioides, faltam dados sobre os fatores do paciente associados ao uso destes medicamentos após a alta, o que dificulta o desenvolvimento de abordagens individualizadas para a prescrição pós-operatória.
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Cientistas da Universidade do Sul da Califórnia, em Los Angeles, nos Estados Unidos, e colegas procuraram determinar as características pré-operatórias do paciente associadas ao uso de opioide no pós-operatório ambulatorial um mês após a histerectomia, cirurgia torácica e artroplastia total de joelho e quadril.
Além disso, a frequência de sobre-prescrição de opioides no pós-operatório foi avaliada. A análise incluiu 1 181 pacientes, dos quais 1 001 tiveram dados primários completos dos resultados e 913 tiveram dados completos de auto-relato de fenótipo.
Os cientistas descobriram que idade mais jovem, raça não-branca, falta de diploma universitário, maior ansiedade, maior distúrbio do sono, uso pesado de álcool, uso atual de tabaco e maior prescrição inicial de opioides foram significativamente associados ao aumento do consumo desses medicamentos.
A mediana do total de equivalentes de morfina oral prescrita foi de 120 comprimidos de hidrocodona de 5mg, enquanto o consumo médio de opioides foi de 38 comprimidos.
Certos fatores podem ajudar os médicos a identificar quais pacientes têm maior probabilidade de ter maior uso de opioides no primeiro mês após uma grande cirurgia, disseram os autores.
O estudo foi publicado no Annals of Surgery.