HIPERTENSÃO

Hipertensão arterial pode acelerar declínio cognitivo

De acordo com as Diretrizes de Hipertensão Arterial (HA) de 2017 da American Heart Association, a HA é uma ameaça à saúde global, afetando aproximadamente 80 milhões de adultos nos Estados Unidos e mil milhões de pessoas em todo o mundo.

Hipertensão arterial pode acelerar declínio cognitivo

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Além disso, a relação entre a saúde do cérebro e a HA é de interesse crescente, na medida em que os cientistas examinam como a hipertensão afeta os vasos sanguíneos do cérebro, o que, por sua vez, pode afetar a memória, a linguagem e as habilidades de pensamento.

Agora, de acordo com um estudo preliminar apresentado nas Sessões Científicas de Hipertensão de 2019 da American Heart Association, existem evidências de que a hipertensão arterial parece acelerar o declínio cognitivo entre adultos de meia-idade e idosos, e o seu tratamento pode desacelerar o processo.

Neste estudo observacional, investigadores da Universidade de Columbia analisaram de 11 mil adultos do Estudo Longitudinal de Saúde e Reforma da China (CHARLS) entre 2011-2015, para avaliar como a pressão alta e o seu tratamento podem influenciar o declínio cognitivo.

A HA foi definida como pressão arterial sistólica de 140 mmHg ou superior e pressão arterial diastólica de 90mmHg ou superior e/ou uso de medicamentos anti-hipertensivos. (Nota: as diretrizes da American Heart Association definem a pressão alta como 130mmHg ou superior ou uma leitura diastólica de 80mmHg ou superior).

Cientistas na China entrevistaram os participantes do estudo em casa sobre o tratamento da HA, o nível de escolaridade e observaram se viviam num ambiente rural ou urbano. Eles também foram convidados a realizar testes cognitivos, como recuperar palavras imediatamente como parte de um teste de memória.

Os cientistas verificaram uma diminuição nos scores gerais de cognição, de 11,01, em 2011, para 10,24, em 2015. Para 6 971 participantes com 55 anos ou mais de idade, houve um declínio cognitivo 0,57 pontos maior em pacientes com hipertensão que não estavam cientes de sua condição em comparação com aqueles sem hipertensão.

Em comparação com aqueles que desconheciam a sua hipertensão, aqueles em tratamento anti-hipertensivo tiveram um declínio cognitivo 0,56 pontos menor.

O declínio da cognição foi semelhante nos pacientes em tratamento anti-hipertensivo e nos sem hipertensão. Após o ajuste para educação, género e residência, os resultados foram semelhantes. Não foram observadas diferenças no declínio da cognição em nenhum grupo de participantes com idade entre 45 e 54 anos.

As descobertas são importantes porque a hipertensão arterial e o declínio cognitivo são duas das condições mais comuns associadas ao envelhecimento, e mais pessoas estão a atingir uma idade mais elevada no mundo inteiro.


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