EUA financiam investigação do i3S sobre biomarcadores preditivos
Investigadores do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S) receberam mais de um milhão de euros do Departamento de Defesa dos Estados Unidos da América para estudar os biomarcadores associados ao desenvolvimento da doença inflamatória intestinal (DII).
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Em entrevista à agência Lusa, Salomé Pinho, investigadora e líder do grupo “Immunology, Cancer & GlycoMedicine” do i3S explicou que o projeto visa descobrir os “biomarcadores preditivos e causais” da DII e desenvolver novas estratégias de prevenção.
“Atualmente, não existe forma de prever a doença, não há forma de prever quem é que vai desenvolver a doença, e isso é o caráter mais inovador deste projeto”, salientou.
A DII (colite ulcerosa e doença de Crohn) é uma doença crónica do trato gastrointestinal que afeta sobretudo indivíduos jovens em idade ativa. Em Portugal, estima-se que cerca de 15 a 20 mil indivíduos sofram desta doença.
Contudo, uma vez que são ainda desconhecidas as “causas” desta doença, que afeta cerca de 2,5 milhões de pessoas na Europa, o objetivo dos investigadores do i3S passa por identificar as “assinaturas moleculares” que têm por base os açúcares [glicanos] que estão associados ao desenvolvimento desta patologia.
Os investigadores vão, por isso, analisar dados e amostras de sangue resultantes de avaliações e monitorizações clínicas de 600 militares da Marinha Norte-Americana, sendo que em alguns a doença desenvolveu-se de forma “severa” e noutros não foi diagnosticada.
À Lusa, a investigadora adiantou que este financiamento é o “reconhecimento da qualidade de investigação que se produz no i3S”.