Diagnóstico precoce do cancro digestivo é fundamental para prognóstico
A Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia (SPG) alerta para a importância da prevenção e diagnóstico precoce do cancro digestivo, lembrando que um terço das mortes por cancro em Portugal está relacionado com tumores do aparelho digestivo.
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Numa nota divulgada no Dia Nacional do Cancro Digestivo, a SPG sublinha a importância de ter mais informação, prevenção, diagnóstico e tratamento no combate a esta doença, que mata cerca de 30 portugueses por dia (mais de 10 000/ano).
Esófago, estômago, pâncreas, fígado, cólon e reto são os cinco principais órgãos do aparelho digestivo onde incide o cancro digestivo, dois dos quais (pâncreas e fígado) são dos mais mortais e com esperança média de vida inferior a um ano.
“O cancro do pâncreas nalguns países já ultrapassou o cancro da mama e em Portugal aproxima-se”, recorda a sociedade, sublinhando que o cancro no pâncreas aumentou 30 por cento nos últimos 30 anos e que a esperança média de vida “é inferior a um ano”.
Optar por um estilo de vida saudável, com exercício físico e alimentação equilibrada, controlar o excesso de peso e evitar o consumo excessivo de álcool pode reduzir o risco de cancro, recorda a SPG, frisando que o consumo de tabaco é “totalmente desaprovado pelos especialistas” pois é “a primeira causa de morte prematura”.
O presidente da SPG esclarece que “o cancro do aparelho digestivo mais frequente, o cancro do cólon e reto, com o diagnóstico precoce traduz-se num melhor prognóstico e na redução da mortalidade”.
O especialista acrescenta que “um terço dos dez milhões de novos casos de cancro diagnosticados todos os anos a nível mundial podem ser prevenidos e outro terço curado, se forem detetados e tratados numa fase precoce”.