FÁRMACO

Inteligência artificial capaz de criar fármacos em apenas 21 dias

O processo tradicional de descoberta de medicamentos começa com o teste de milhares de pequenas moléculas, a fim de identificar as mais promissoras - apenas uma em cada dez dessas moléculas passa nos ensaios clínicos em pacientes humanos. Para evitar essa perda de 90 por cento de esforço e recursos, os cientistas estão a começar a utilizar a inteligência artificial para desenvolver novos fármacos.

Inteligência artificial capaz de criar fármacos em apenas 21 dias

DOENÇAS E TRATAMENTOS

DOENÇA DE REIS

As redes generativas antagónicas são uma forma de “imaginação artificial” e são comumente usadas para gerar imagens com propriedades específicas. Atualmente, cientistas em todo o mundo estão a desenvolver a base teórica para essas redes e outras técnicas de aprendizagem de máquina para acelerar e melhorar substancialmente o processo de descoberta de medicamentos.

Agora, pela primeira vez, a tecnologia de aprendizagem por reforço generativo foi usada para gerar novas moléculas projetadas para alvejar uma proteína. Usando essa forma de inteligência artificial, as moléculas foram validadas in vitro (discos de Petri) e in vivo (cobaias) em apenas 46 dias.

O sistema de inteligência artificial, denominado por “Aprendizagem por Reforço Tensorial Generativo”, projetou seis novos inibidores de DDR1, um alvo de cinase implicado na fibrose e em outras doenças, em apenas 21 dias.

Quatro compostos mostraram-se ativos em ensaios bioquímicos e dois foram validados em ensaios baseados em células. Um candidato líder foi testado e demonstrou farmacocinética favorável em ratinhos.

“Este trabalho é certamente um avanço realmente impressionante e provavelmente aplicável a muitos outros problemas no projeto de medicamentos. Com base na aprendizagem de reforço de última geração, também estou muito impressionado com a amplitude deste estudo, que envolve modelagem molecular, medidas de afinidade e estudos com animais”, afirmou Michael Levitt, da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, galardoado com o Nobel de Química de 2013.


OUTRAS NOTÍCIAS RELACIONADAS


ÚLTIMAS NOTÍCIAS