Um terço das mortes por cancro são do aparelho digestivo
Um terço das mortes por cancro em Portugal estão relacionadas com tumores do aparelho digestivo, números preocupantes avançados esta segunda-feira, 30 de setembro, Dia Nacional do Cancro Digestivo, pela Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia (SPG).
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Mais informação, prevenção, diagnóstico e tratamento é o compromisso da Gastrenterologia no combate a esta doença em crescendo ao prestar os melhores cuidados de saúde à população portuguesa.
Esófago, estômago, pâncreas, fígado, cólon e reto são o conjunto dos cinco principais órgãos do aparelho digestivo onde incide o cancro digestivo que mata mais de dez mil portugueses por ano (cerca de 30 por dia). Dois destes cancros, pâncreas e fígado, são dos mais mortais com esperança média de vida inferior a um ano.
O cancro do pâncreas, nalguns países, já ultrapassou o cancro da mama e em Portugal aproxima-se. Aumentou 30 por cento nos últimos 30 anos. A esperança média de vida é inferior a um ano.
No Dia Nacional do Cancro Digestivo, a SPG alerta para uma atitude preventiva dos cidadãos. A deteção precoce destas patologias é essencial. O médico gastrenterologista tem um papel fundamental na deteção e tratamento do cancro digestivo.
A atividade do Gastrenterologista é, muitas vezes, única e preciosa no diagnóstico atempado, com a realização dos necessários exames endoscópicos que podem ser curativos e preventivos da evolução para cancro, como é o caso do cancro do cólon.
Optar por um estilo de vida saudável, pautado pelo exercício físico e pela alimentação equilibrada, controlar o excesso de peso e evitar o consumo excessivo de álcool pode realmente reduzir o risco de cancro. O consumo de tabaco é totalmente desaprovado pelos especialistas, esta adição é a primeira causa de morte prematura.
O presidente da SPG, Rui Tato Marinho, esclarece que “o cancro do aparelho digestivo mais frequente, o cancro do cólon e reto, com o diagnóstico precoce traduz-se num melhor prognóstico e na redução da mortalidade” e acrescenta que “um terço dos dez milhões de novos casos de cancro diagnosticados todos os anos, a nível mundial, podem ser prevenidos e outro terço curado, se forem detetados e tratados numa fase precoce. Para isso e no caso do cancro digestivo, dispomos de meios de diagnóstico e tratamento para fazê-lo”.