Milho roxo pode combater diabetes e obesidade
Uma pesquisa realizada pela Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, desenvolveu novos tipos de milho roxo para estudar de que forma diferentes combinações de compostos fenólicos podem afetar o seu potencial anti-inflamatório, anti-obesidade e antidiabético.
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Publicado na revista Food Chemistry, o estudo extraiu antocianinas do pericarpo de diferentes variedades de grãos de milho roxos usando água pressurizada; esses extratos foram, depois, liofilizados e os cientistas descobriram que o pericarpo continha grandes quantidades de antocianinas e outros compostos fenólicos, com concentrações que variavam significativamente entre as diferentes variedades de milho.
Depois, em ratos, os cientistas combinaram células gordurosas, chamadas adipócitos, com grandes células imunes, chamadas macrófagos, para simular as células de pessoas obesas com altas concentrações de lípidos e inflamação.
Focando-se em biomarcadores específicos relacionados com a inflamação e adipogénese, os cientistas observaram que os fenóis presentes nos extratos alteravam o desenvolvimento de adipócitos, reduzindo o teor de gordura em oito a 56 por cento, dependendo dos fenóis utilizados.
Em seguida, os investigadores analisaram o impacto dos extratos ricos em antocianinas na resistência à insulina. Para induzir a resistência à insulina, foi usada uma proteína de sinalização celular nas células adiposas dos ratos.
Os cientistas trataram as células com antocianinas e monitorizaram a captação de glicose, tendo descoberto que, dependendo do teor de fenol, os extratos diminuíram um marcador-chave da resistência à insulina entre 29 a 64 por cento; a captação de glicose também diminuiu entre 30 a 139 por cento.
Com base nas descobertas, os cientistas concluíram que os diferentes níveis e composições de compostos de antocianina têm um impacto nos biomarcadores da obesidade, inflamação e diabetes tipo 2.