Amamentação durava muito mais tempo entre os nossos antepassados
Cientistas da Universidade de Bristol, em Inglaterra, descobriram que o desmame dos nossos antepassados acontecia bem mais tarde do que atualmente. O estudo foi publicado na revista Science Advances.
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Durante o estudo, foram analisados cerca de 40 dentes fossilizados dos nossos antepassados sul africanos Homo, Paranthropus robustus e Australopithecus africanus.
Para a análise, mediram as proporções de isótopos de cálcio estáveis no esmalte do dente, que são uma função da ingestão de leite materno pelas crianças.
Ao reconstruir a idade do desenvolvimento do esmalte do dente, perceberam que as crias Homo eram amamentadas em grande quantidade até à idade dos três ou quatro anos, o que pode ter tido influência na linhagem e desenvolvimento cerebral.
Por contraste, as crias de Paranthropus robustus e Australopithecus africanus tinham uma dentição mais robusta e eram apenas amamentados, em média, durante os primeiros meses de vida.
Apesar de ser necessária mais investigação, a equipa sugere que o tempo de amamentação estaria relacionado com mudanças na estrutura social dos grupos e com o tempo entre as gravidezes.
O tempo de amamentação também difere entre os hominídeos que incluem os humanos, chimpanzés, orangotangos e gorilas.