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Inaugurado em Lisboa Instituto de Saúde Baseado na Evidência

O Instituto de Saúde Baseada na Evidência (ISBE) acaba de ser apresentado em Lisboa e pretende ajudar decisores políticos, médicos e doentes a fundamentar as suas escolhas com informação científica de qualidade.

Inaugurado em Lisboa Instituto de Saúde Baseado na Evidência

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“Os políticos responsáveis têm de ter mais informação de alta qualidade para decidir sobre políticas públicas, os médicos também para decidirem sobre as terapêuticas, os administradores para definir sobre as estratégias a usar e os próprios doentes”, disse à Lusa António Vaz Carneiro, um dos investigadores associados do ISBE.
 
Especialista em medicina interna, nefrologia e farmacologia clínica, Vaz Carneiro diz que o sistema de saúde chegou a uma altura em que “é preciso avaliar os cuidados de saúde, o que se justifica por ser relevante e mensurável, para depois se poder organizar o sistema a vários níveis”.
 
Recorrendo a este instituto, explicou, tanto um político pode ter uma análise cientificamente fundamentada da aplicação de determinada medida, como um administrador hospitalar pode solicitar uma análise ao fluxo de doentes, ou um médico ter acesso à mais relevante informação científica sobre um medicamento de segunda linha. “Não há cá opiniões. Apenas mostramos a ciência”, afirma o responsável.
 
O ISBE pretende ser um local de “independência intelectual”, um espaço de encontro, integração e partilha da academia, com expressão internacional e autonomia financeira para poder criar, disseminar e operacionalizar conhecimento científico no setor da Saúde.
 
O instituto terá três tipos de associados: os institucionais, que são a Faculdade de Medicina e a Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, os associados investigadores, entre os quais se encontram o ex-ministro da Saúde Adalberto Campos Fernandes e a bastonária da Ordem dos Farmacêuticos, Ana Paula Martins, e os parceiros privados.
 
As áreas prioritárias de investigação serão a epidemiologia e ‘big data’ (trabalhar as grandes bases de dados), a inteligência artificial na Saúde, a saúde pública e as políticas de saúde, investigação de resultados (por exemplo, analisar se fechar um serviço o que acontece a um hospital), avaliação de tecnologias da saúde e a translação do conhecimento.

Fonte: Lusa

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