PREVENÇÃO

Criado repelente para aplicação na roupa que dura até 12 horas

Cientistas da Universidade Estadual de Campinas, no Brasil, desenvolveram uma tecnologia que age como repelente para ser utilizada em roupas, tecidos e superfícies como paredes - e não mais apenas sobre a pele, como os repelentes comuns.

Criado repelente para aplicação na roupa que dura até 12 horas

DIETA E NUTRIÇÃO

JÁ PODE COMER DEMAIS!

A tecnologia, que já está disponível para licenciamento para empresas interessadas em fabricar o produto, utiliza o mesmo tipo de repelente já presente no mercado, mas com libertação mais lenta, o que garante uma proteção prolongada.

Os repelentes são os mesmos usados para proteção contra o mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão de doenças como dengue, Zika, chikungunya e febre amarela.

“O diferencial é que, através de técnicas de laboratório (polimerização em miniemulsão), conseguimos imobilizar o repelente DEET para que este evapore mais lentamente, já que um dos problemas dos produtos convencionais é que o composto evapora rapidamente e/ou é absorvido pela pele, necessitando aplicações frequentes do repelente”, disse Liliane Ferrareso Lona, responsável pelo desenvolvimento da tecnologia.

“Ao ser aplicado sobre superfícies (incluindo tecidos), consegue-se uma libertação sustentada da substância para o ar por até 12 horas”, explicou a investigadora.

A inovação consistiu no uso da nanotecnologia, encapsulando o repelente DEET em partículas nanométricas de polímero, o que torna a sua evaporação mais lenta.

“A restrição da evaporação dos compostos repelentes é possível com a introdução de uma barreira física entre eles e o ar através da encapsulação. A encapsulação dessas substâncias e o seu uso como repelentes ambientais em tintas ou em impregnação de tecidos surge como uma alternativa promissora que permite prolongar o efeito repelente desses compostos através da liberação sustentada”, disse o investigador Guilherme Martinate Gomes.

A equipa ressalta que um dos pontos altos da tecnologia é o facto de poder ser utilizada por crianças e mesmo recém-nascidos, excluindo a necessidade do uso do repelente diretamente na pele. Mesmo que substâncias repelentes sejam eficazes com aplicação na pele em forma de loção, o seu uso é restrito e não há ação prolongada.

“Isso seria vantajoso no caso de alergias, ou para proteção de bebés, por exemplo, já que existem estudos que relacionam o DEET aplicado diretamente sobre a pele a doenças neurológicas”, sublinha a cientista.

“A utilização de repelentes de insetos é uma medida preventiva fundamental para que a transmissão de doenças como a dengue, malária e chikungunya seja evitada”, concluiu.


OUTRAS NOTÍCIAS RELACIONADAS


ÚLTIMAS NOTÍCIAS