TABACO

Novos produtos do tabaco são menos prejudiciais que o tradicional?

A Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC) e outras entidades médico-científicas reafirmaram recentemente a falta de prova científica de que o tabaco aquecido é menos prejudicial que o tradicional, mas a Tabaqueira fala de pelo menos 20 estudos.

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O alerta sobre a falta de estudos surge num comunicado da SPC e do Grupo Multidisciplinar de Tabagismo que junta representantes de 14 Sociedades Médicas Científicas, no qual se salienta que o mais seguro é deixar de fumar, algo com o qual a Tabaqueira também concorda, apesar de contrapor a validade dos estudos que defendem a menor toxicidade dos novos produtos.
 
No comunicado, ao qual a Lusa teve acesso, as várias entidades médico-científicas frisam que não há, até agora, qualquer prova científica de que o tabaco aquecido ou os cigarros eletrónicos sejam menos prejudiciais e defendem a urgência de haver estudos científicos independentes, com duração e dimensão adequadas, que clarifiquem a questão.
 
E aos legisladores e entidades públicas pedem que tenham em conta a saúde das atuais e próximas gerações e promovam o cumprimento pleno da lei sobre o tabaco, “em particular a promoção da publicidade e patrocínio”, e ampliem as medidas restritivas “aplicáveis a estes novos produtos no que se refere às vendas na Internet e ao controlo das estratégias de marketing em eventos juvenis e redes sociais”.

O comunicado refere-se especificamente aos novos produtos de tabaco lançados pela indústria tabaqueira, como o tabaco aquecido, que têm cada vez mais consumidores, “sobretudo adolescentes e adultos jovens”, e que, segundo essa indústria, são menos prejudiciais.
 
Questionada pela Lusa, a Tabaqueira, subsidiária da Philip Morris International em Portugal, afiança, no entanto, que “existem mais de 20 estudos independentes e de organismos oficiais que confirmaram que o tabaco aquecido constitui uma melhor alternativa” aos cigarros convencionais para os que não querem ou julgam não conseguir deixar de fumar.

Fonte: Lusa

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