ESCLEROSE

Vacinação não é fator de risco para a esclerose múltipla

Um estudo recente publicado na revista Neurology concluiu que a vacinação não é fator de risco para desenvolvimento de esclerose múltipla (EM).

Vacinação não é fator de risco para a esclerose múltipla

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Considera-se a EM como sendo uma doença autoimune neurológica em que o sistema imunitário ataca o cérebro e a medula espinhal.

A doença ocorre mais frequentemente em pessoas com menos de 40 anos de idade e a vacinação é tida como possível fator de risco para o desenvolvimento da mesma.
 
Cientistas liderados por Bernhard Hemmer da Universidade Técnica de Munique, na Alemanha, analisou uma coorte com mais de 200 mil indivíduos na Alemanha, representativa da população em geral, que incluía mais de 12mil doentes com EM.
 
Os investigadores descobriram que cinco anos antes de serem diagnosticados com EM os participantes que desenvolveram a doença tinham recebido menos vacinações em relação aos que não tinham desenvolvido EM.
 
O efeito foi observado com todas as vacinas consideradas no estudo: vacina pneumocócica, meningocócica, papeira, sarampo, rubéola, varicela, HPV, gripe, hepatite A e B e encefalite provocada por picada de carraça (TBE).

O efeito foi mais forte nos últimos três casos: o grupo de controlo tinha recebido significativamente mais vacinas do que os indivíduos que desenvolveram EM posteriormente.

De acordo com os autores do estudo, as causas para o observado são um mistério. Alexander Hapfelmeier, investigador que liderou o estudo, especula que os doentes poderão percecionar a doença muito antes do diagnóstico da mesma e evitarão pressionar ainda mais o sistema imunitário, ou as vacinas poderão impedir que o sistema imunitário ataque o sistema nervoso.
 
De qualquer forma, “dado o enorme volume de dados analisados, podemos conclusivamente afirmar que não há evidência para que a vacinação recente aumente a possibilidade de EM ou o desencadeamento de um episódio inicial de EM”, concluiu o investigador.

Fonte: Lusa

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