Fumadores têm o triplo do risco de morrerem de doenças cardíacas
Um estudo publicado na revista BMC Medicine e liderado pela cientista Emily Banks, da Universidade Nacional da Austrália, analisou o impacto de fumar sobre todas as doenças cardiovasculares possíveis, com base em fumadores australianos.
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“Isto inclui investigar o risco de ataque cardíaco, acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca, doenças do músculo cardíaco, problemas com o ritmo e gangrena em todos os enquadramentos de vida: homens, mulheres, cidade, campo, ricos, pobres”, explicou a cientista.
Os investigadores analisaram 188 167 fumadores australianos com 45 anos ou mais de idade, sem doenças cardiovasculares ou cancro na altura do recrutamento num outro estudo, entre 2006 e 2009.
Os fumadores foram seguidos durante um período mediano de 7,2 anos relativamente a 36 tipos de doenças cardiovasculares. A equipa teve ainda acesso a informação relativa a hospitalizações e mortes até ao final de 2015.
Durante o período de acompanhamento, foram identificados 27 511 eventos cardiovasculares graves, tanto fatais, como não-fatais. Os episódios incluíam 4 548 enfartes agudos do miocárdio, 3 991 episódios de doenças cerebrovasculares, 3 847 de insuficiência cardíaca e 2 311 de doença arterial periférica.
Das 36 doenças, os índices de eventos em relação a 29 aumentaram significativamente nos fumadores atuais.
“Descobrimos que não há para onde fugir, onde nos escondermos. Fumar causa danos terríveis em todo o espetro”, elucidou a investigadora principal.
“Estes fumadores têm cerca do triplo do risco de morrerem de doença cardiovascular, em comparação com pessoas que nunca fumaram e o dobro do risco de ataque cardíaco, de acidente vascular cerebral ou insuficiência cardíaca. São também cinco vezes mais propensos a desenvolverem doenças cardiovasculares periféricas como gangrena”, alertou Emily Banks.
Os fumadores de cerca de cinco cigarros por dia apresentaram também o dobro do risco de morrerem de doença cardiovascular.