DOENÇAS RARAS

Lanadelumab ajuda a prevenir ataques de angioedema hereditário

Uma análise ad-hoc do estudo HELP™ de Fase 3, desenhado para avaliar o início de ação de Lanadelumab, sugere que este começa a prevenir ataques de angioedema hereditário (AEH) durante esta fase inicial do tratamento, com os doentes a terem uma redução de 80,1 por cento na média da taxa de crises mensal, em comparação com o placebo.

Lanadelumab ajuda a prevenir ataques de angioedema hereditário

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Os resultados foram apresentados durante o Congresso da Academia Europeia de Alergia e Imunologia Clínica (EAACI) em Lisboa, Portugal. O angioedema hereditário é uma doença rara, genética e potencialmente fatal que pode resultar em crises recorrentes de edema (inchaço) em várias partes do corpo.

“A natureza imprevisível dos ataques de AEH torna a convivência com a doença, física e emocionalmente desafiadora para os doentes”, disse Marcus Maurer, MD, do Departamento de Dermatologia e Alergia, Allergie-Centrum-Charité, Charité – Universitätsmedizin Berlim, na Alemanha.

“O AEH exige uma abordagem individualizada do tratamento e é importante que o plano de tratamento de um doente ajude a reduzir a frequência de ataques. Estes resultados são empolgantes, uma vez que sugerem que o Lanadelumab começa a prevenir ataques de AEH durante a fase inicial do tratamento”, acrescentou.

A análise ad-hoc avaliou a eficácia deste anticorpo monoclonal em comparação com placebo ao longo dos dias 0-69 de tratamento, usando a mesma abordagem que foi utilizada para avaliar o parâmetro de avaliação primário e os parâmetros secundários, durante o período completo do estudo (dias 0-182).

Os resultados da análise mostraram que, em doentes que receberam a dose inicial recomendada de Lanadelumab 300 mg a cada duas semanas, houve uma redução significativa na média da taxa de crises mensal (redução de 80,1 por cento), em comparação com o placebo (Ajustado P<0.001).

Durante esta fase inicial de tratamento, os doentes tratados com a terapia monoclonal, a cada duas semanas, também tiveram menos ataques graves, em comparação com placebo (7,4 vs. 22 por cento) e tiveram maiores probabilidades de estarem livres de ataques de AEH, em comparação com placebo (48,1 vs. 7,3 por cento).

“Dados originais do Estudo HELP mostraram que o Lanadelumab foi eficaz na prevenção de crises de AEH ao longo do estudo e, de acordo com uma análise exploratória, muitos doentes permaneceram livres de crises durante o período estacionário de 16 semanas”, afirmou Donatello Crocetta, M.D., Franchise Global Medical Unit Head, Rare Immunology and HAE da Takeda.

“Esta nova análise suporta a evidência de estudos prévios e aumenta o nosso conhecimento de quão rapidamente o TAKHZYRO® pode começar a ajudar a prevenir crises de AEH, suportando o seu uso em doentes com perfil apropriado para uma terapêutica preventiva que pode ser administrada por via subcutânea e começar a atuar rapidamente”, destacou o especialista.

Todos os braços de tratamento com Lanadelumab (300 mg a cada duas semanas, 300 mg a cada quatro semanas, 150 mg a cada quatro semanas), revelaram uma melhoria na média da taxa de crises mensal, taxa mensal de crises moderadas a graves, taxa mensal de crises com recurso a tratamento agudo e o número de dias sem crise, versus placebo, durante todo o período do estudo.

A reação adversa observada com mais frequência (52,4 por cento) associada ao fármaco foi reação no local da injeção. Destas, 97 por cento eram de intensidade média. Foram observadas reações de hipersensibilidade (prurido ligeiro e moderado, desconforto e formigueiro na língua) (1,2 por cento).

O Lanadelumab está aprovado na União Europeia e Austrália para a prevenção de rotina de crises recorrentes de AEH em doentes com 12 anos ou mais de idade.

O EH é um distúrbio genético raro que resulta em crises recorrentes de edema - inchaço - em várias partes do corpo, incluindo o abdómen, face, pés, genitais, mãos e garganta. O inchaço pode ser debilitante e doloroso. Crises que obstruem as vias respiratórias podem causar asfixia e são potencialmente fatais.

Os AEH afetam cerca de uma em dez mil a uma em 50 mil pessoas em todo o mundo. Muitas vezes esta doença é pouco reconhecida, subdiagnosticada e sub-tratada.

Fonte: Fonte: Followhb (press release)

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