AMBIENTE

Seringas usadas já podem ser depositadas no agulhão

A Associação de Farmácias de Portugal (AFP) acabou de lançar, no Porto, um projeto-piloto inovador que se destina à recolha das seringas dos diabéticos, bem como de todos os cidadãos que necessitam de medicamentos injetáveis em ambulatório.

Seringas usadas já podem ser depositadas no agulhão

SOCIEDADE E SAÚDE

PRÉMIO NOBEL DA MEDICINA 2006

 
Segundo apurou a agência Lusa, a presidente da AFP, Manuela Pacheco, explicou que o projeto – “Seringas só no Agulhão” - está restrito até ao final do ano a dez farmácias do Norte, mas o que se pretende é que seja alargado a todas as farmácias do país.
 
“Neste momento o programa está restrito a estas dez farmácias por facilidade de recolha dos resíduos pela empresa parceira no projeto”, sublinhou Manuela Pacheco.
 
O projeto inicia-se em farmácias dos concelhos do Porto, Vila Nova de Gaia, Matosinhos, Gondomar, Braga e Vila Verde.
 
“Até ao final do ano, teremos tempo de contabilizar, fazer um cálculo do que foi efetivamente recolhido. Penso que teremos um indicador robusto para apresentar às entidades competentes e fazer ver que é uma mais-valia e que deveria haver apoio para constituir um programa nacional”, acrescentou a responsável.
 
Segundo explicou, até ao momento, não existem no mercado soluções específicas para este tipo de resíduos. A maior parte dos diabéticos, por exemplo, acaba por deitar as suas seringas usadas no lixo doméstico, o que, em seu entender, poderá resultar num problema de saúde pública.
 
A apresentação do projeto contou também com a presença da bastonária da Ordem dos Farmacêuticos, Ana Paula Martins, que considerou tratar-se de um projeto muito importante, em termos ambientais e de saúde pública.
 
“Quando fizemos a troca de seringas tínhamos objetivos relacionados com saúde pública, mas também com a morbimortalidade associada a infeção do VIH. De fora ficaram este tipo de situações em que as pessoas que vivem com doença e os [seus] cuidadores”, disse.
 
“Não temos dúvidas de que os ministérios da Saúde e do Ambiente darão apoio a este projeto porque tem como primeiro objetivo os nossos doentes e os seus cuidadores, mas também a nossa saúde ambiental e o ambiente com saúde”, frisou.

Fonte: Fonte: Lusa

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