QUIMIOTERAPIA

Farmácias hospitalares podem deixar de produzir quimioterápicos

A Ordem dos Farmacêuticos alertou para a situação difícil em que se encontram os serviços farmacêuticos dos hospitais no Alentejo, avisando que algumas unidades podem deixar de produzir medicamentos para quimioterapia.

Farmácias hospitalares podem deixar de produzir quimioterápicos

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Em declarações à agência Lusa, a bastonária Ana Paula Martins avisou que a falta de recursos põe os serviços farmacêuticos de vários hospitais próximos da “linha vermelha” e pede que se olhe com atenção, por exemplo, para o Alentejo.
 
“Em quase todo o Alentejo, como os casos de Elvas, Portalegre e Beja, há situações muito difíceis há muito tempo. Com o aproximar das férias do verão, com situações de baixa por doença e de parentalidade que não são substituídas, estamos à beira de ter de deixar de produzir quimioterapia”, disse.
 
Aludindo ao caso das maternidades em Lisboa, a bastonária indica que, atualmente, o “conceito de rotatividade” entre unidades de saúde “é aquele que está a prevalecer”, porque os doentes não podem ficar sem cuidados.
 
Ana Paula Martins dá ainda o exemplo da dispensa de medicamentos em regime de ambulatório por parte das farmácias hospitalares. Em muitos casos, há farmácias hospitalares que têm de fechar às 16h00 por falta de recursos humanos.
 
“O que fazem as pessoas? Têm de faltar ao trabalho para ir buscar os seus medicamentos, seja para o VIH, para a hepatite C ou para a esclerose múltipla?”, questiona.
 
A bastonária lamenta a falta de planeamento de recursos humanos no Serviço Nacional de Saúde e afirma que continua a haver casos em que não há substituição de trabalhadores em licenças de parentalidade, por exemplo.
 
“A saúde é uma área onde as pessoas, os doentes, pagam com a vida os erros”, frisou Ana Paula Martins.
 
A falta de regulamentação faz com que os hospitais ou não possam contratar profissionais ou o façam à margem da lei, fora do enquadramento da carreira específica.

Fonte: Fonte: Lusa

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