A descoberta do efeito probiótico da casca de jabuticaba foi feita por investigadores da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Universidade de Campinas, no Brasil.

Agora, o extrato criado durante a pesquisa será vendido no mercado através da Rubian Extratos, uma empresa emergente lançada na incubadora de empresas de base tecnológica daquela universidade brasileira.

A composição do extrato inclui propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, com eficácia no combate ao aumento do colesterol e à multiplicação de células cancerígenas, além de dispor de capacidade para modular o metabolismo hormonal e de glicose.

Dentre os resultados alcançados nos testes laboratoriais, estão ainda o auxílio na perda ou não ganho de peso e na prevenção da inflamação da próstata.

O produto será lançado na forma de um suplemento alimentar, registado pela agência que regula os medicamentos e produtos de saúde no Brasil, a Anvisa. O produto deverá chegar ao mercado até meados de 2020 porque, além da autorização dos órgãos regulatórios, ainda é necessário o desenvolvimento do processo em maior escala, assim como a realização de estudos toxicológicos e de embalagem.

“O grande diferencial desta tecnologia baseia-se no aspeto nutracêutico do produto. Existem medicamentos que combatem a obesidade e o cancro da próstata, mas os efeitos colaterais nem sempre são desprezíveis. O nosso extrato, nos estudos realizados em escala laboratorial, mostrou excelente eficácia e não evidenciamos efeitos colaterais”, comentou o professor Mário Maróstica Júnior, que realizou a pesquisa em conjunto com a professora Valéria Alves Quitete.

A produção do suplemento alimentar de jabuticaba usará o resíduo da indústria de sumos e geleias como fonte de matéria-prima, indicaram ainda os investigadores.