CANCRO

Tratamento de fototermia destrói células cancerígenas

Um método otimizado para o tratamento de tumores baseado no uso do calor produzido pela luz (fototermia) foi desenvolvido por cientistas da Universidade de São Paulo, no Brasil.

Tratamento de fototermia destrói células cancerígenas

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A técnica consiste em usar nanocápsulas feitas com membranas obtidas de células cancerígenas para transportar medicamentos antitumorais e nanomateriais fotoativos (ativados pela luz) até ao tumor.

Ao serem irradiadas por luz infravermelha, as nanocápsulas de membrana rompem-se e libertam o medicamento presente no seu interior. O calor gerado pela luz promove o aquecimento do material fotoativo, induzindo a morte das células tumorais por hipertermia, ou excesso de calor.

“Desenvolvemos um nanocarreador que pode ser um potencial candidato para melhorar o transporte, a libertação e a ativação de fármacos usados no tratamento do cancro por fototermia”, disse o professor Valtencir Zucolotto, que desenvolveu a técnica juntamente com a sua colega Valéria Spolon Marangoni.

O novo sistema foi desenvolvido a partir de nanopartículas feitas de materiais chamados de teranósticos - com aplicações simultâneas em terapia e em diagnóstico - desenvolvidos pelos cientistas nos últimos anos.

Ao serem colocadas no sistema circulatório, essas nanopartículas tendem a migrar e a incorporarem-se em células tumorais. A sua localização no organismo pode ser mapeada por meio de tomografia, ressonância magnética ou de espectroscopia fotoacústica.

Uma vez visualizadas, é possível promover o aquecimento das nanopartículas por um ímã - se elas possuírem um núcleo magnético - ou por fototermia - luz infravermelha -, a fim de promover a morte das células tumorais em que estão incorporadas.

“Ao serem irradiadas por luz infravermelha, nanopartículas de óxido de grafeno incubadas em células Hela [tipo de célula imortal, que pode ser cultivada em laboratório indefinidamente], por exemplo, promovem um aquecimento de oito a 12 graus nessas células, induzindo-as à morte”, disse Zucolotto.

Além do grafeno, os pesquisadores têm usado ouro para criar as nanopartículas teranósticas nas formas de estrelas e de bastões. Com esses formatos, explicaram, o nanomaterial torna-se capaz de absorver luz no infravermelho e promover o aquecimento.


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