CANCRO

Registados 90 mil casos de cancro da pele em cinco anos

Investigadores do Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde (CINTESIS) concluíram que, em cinco anos, se registaram cerca de 90 mil cancros da pele nos hospitais públicos, o que justifica “uma maior aposta em estratégias de prevenção”.

Registados 90 mil casos de cancro da pele em cinco anos

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De acordo com a investigação a que a Lusa teve acesso, do total de cancros da pele detetados, cerca de 16 mil eram melanomas e os restantes 72 mil eram não-melanomas.
 
O objetivo do estudo era determinar a localização mais comum das lesões, a ocorrência de metástases, a mortalidade e também os custos hospitalares associados à doença.
 
Os investigadores concluíram que os doentes com melanoma têm uma idade mediana mais baixa (66 anos) e mais metástases (14 por cento dos casos), sendo o tronco a zona do corpo mais afetada (32 por cento).
 
Já os doentes com cancro da pele não-melanoma são em geral mais velhos (76 anos) e apresentam uma mortalidade mais baixa, embora fiquem mais tempo internados (nove dias em média contra 7,3 dos casos com melanoma).
 
Se se considerar apenas as hospitalizações, “o melanoma foi responsável por mais de 35 mil dias de internamento, enquanto o cancro da pele não melanoma totalizou mais de 73 mil dias de internamento”. 
 
Salientam que estes números “estão provavelmente subestimados, uma vez que não são contabilizados os episódios ocorridos em instituições de saúde privadas”.
 
“Sabe-se que, com listas de espera que ultrapassam um ano no SNS, os doentes com recursos financeiros ou com seguro de saúde procuram cada vez mais o setor privado. A isto acresce que a maioria dos cancros não-melanoma não são tumores de risco e podem ser tratados eficazmente fora do setor público”, explica Ana Filipa Duarte, investigadora do CINTESIS.
 
A dermatologista considera que, “com o envelhecimento da população e os comportamentos de risco conhecidos, os casos de cancro da pele tendem a aumentar, bem como os seus custos. De facto, com a introdução de novos tratamentos sobe não só a taxa de sucesso, mas também a despesa associada”.

A responsável defende, por isso, uma maior “aposta em estratégias de prevenção primária do cancro da pele e numa deteção precoce dos casos de cancro”, no sentido de reduzir a mortalidade e os custos que a doença acarreta.

Fonte: Lusa

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