DOR

Problemática da dor em contexto laboral em discussão em Lisboa

Estigma, discriminação e coação no trabalho são alguns dos principais problemas sentidos pelos portadores de dor crónica no contexto laboral. Para a SIP Portugal - Plataforma de Impacto Social da Dor na Sociedade Portuguesa, é urgente criar medidas que revertam a situação.

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Neste sentido, a SIP Portugal vai promover uma reunião, no próximo dia 20 de maio, pelas 17h00, no Hotel Marriott, em Lisboa, com os presidentes de vinte sociedades científicas e associações com interesse na área da dor.

“Acreditamos que apenas ao colaborarmos juntos, podemos enfrentar este enorme desafio social que é a dor crónica. Em Portugal, a prevalência da dor crónica, é estimada em 36,7 por cento. A reforma antecipada, o absentismo laboral, as mudanças de emprego e as pensões por incapacidade são consequências frequentes da dor crónica e da incapacidade associada”, explica Ana Pedro, presidente da Associação Portuguesa para o Estudo da Dor (APED) e coordenadora da SIP Portugal.

“Nesta reunião, pretendemos promover o diálogo para a necessidade do desenvolvimento de medidas de atuação, com caráter urgente, que possam combater os principais problemas relacionados com as pessoas com dor crónica, e delinear estratégias que possam ser implementadas a curto prazo”, afirma.

Das medidas apresentadas, destacam-se: a adaptação e flexibilidade nos empregos com horário completo diurno, por turnos, em período noturno e/ou com turnos irregulares que variam entre noite e dia; a adaptação do posto de trabalho e promoção de condições ergonómicas; a possibilidade de realizar o trabalho a partir de casa; a aposta na formação e consciencialização sobre a problemática da dor em contexto laboral, mas também o alerta para o estigma, discriminação e coação no trabalho; a possibilidade de criação de um grupo de suporte para pessoas com dor crónica dentro de uma empresa, sem prejudicar o horário de trabalho, o empregado e o empregador.

A SIP Portugal reúne um grupo heterogéneo e informal constituído por representantes nacionais de organizações, sociedades científicas e associações de doentes preocupadas com o impacto social da dor.

O seu valor acrescentado traduz-se na possibilidade de diálogo entre todos os intervenientes envolvidos, por forma a falarem a uma só voz, garantindo uma maior consciencialização do impacto social da dor e a promoção de políticas orientadas nesse sentido. Em Portugal, os objetivos desta Plataforma estão, neste momento, centrados no emprego e na educação.

Fonte: press release

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