MORTALIDADE

Mortes maternas podem aumentar em Portugal

As mortes maternas podem vir a aumentar em Portugal devido às características da população de grávidas e parturientes. Uma situação que está a ser acompanhada de perto pela Direção-Geral da Saúde (DGS), que alerta para a necessidade da realização de inquéritos epidemiológicos que analisem em detalhe cada morte.

Mortes maternas podem aumentar em Portugal

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O papel dos órgãos de comunicação social é importante na sensibilização da população para o planeamento atempado das gravidezes, quer por questões de facilidade reprodutiva, que entre os 36 e os 39 anos reduz drasticamente, quer por razões de risco acrescido para a grávida e para o feto.

De acordo com a DGS, a mortalidade materna é influenciada por fatores como a idade da mulher na gravidez e no parto e a gravidade da patologia subjacente, que conduz a uma maior complexidade nos cuidados a prestar e aumenta o risco de doença e de morte.

A mortalidade materna é considerada também um indicador da facilidade de acesso da mulher aos cuidados de saúde e da capacidade do sistema de saúde para responder às suas necessidades.

Em Portugal, a idade média das grávidas tem aumentado consistentemente, quer quando se considera qualquer gravidez, quer apenas para o primeiro filho.

Este aspeto influencia a mortalidade infantil e a mortalidade materna. De referir que entre 2014 e 2017, quase 60 por cento das mortes maternas ocorreu em mulheres com mais de 35 anos. Apenas 30 por cento das mães de todos os nados vivos estavam nesse grupo etário.

Em 2014, o Sistema de Informação de Certificados de Óbito (SICO) foi implementado em território nacional e o sistema de recolha de dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) mudou, passando a adotar os dados do SICO, o que veio a melhorar a informação disponível.

Nas últimas duas décadas, o número de mortes maternas é, no entanto, baixo, pelo que, para fins de análise epidemiológica e estatística, deve ser avaliado no contexto de séries temporais. “Os valores estatísticos são indicativos e merecem estudo aprofundado”, aponta este organismo.

As mortes maternas podem aumentar em Portugal, dadas as características da nossa população de grávidas e parturientes, pelo que a monitorização e vigilância vão ser reforçadas, assegura a DGS.

Os dados registados, entre 2001 e 2007, permitiram apurar que, a partir dos 20 anos de idade, o risco de morte materna por cada nado vivo aumentou com a idade. Além da idade, as patologias múltiplas e graves na gravidez também têm aumentado, havendo hoje gravidezes com quadros clínicos ausentes no passado.


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