EXERCÍCIO

Características de personalidade influenciam prática de exercícios

A personalidade, motivação e nível de autodeterminação influenciam o tipo de atividade física que escolhemos praticar e por quanto tempo permaneceremos fiéis a essa escolha.

Características de personalidade influenciam prática de exercícios

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Quem garante é a investigadora Allyson Box, da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, que verificou que as diferenças no que motiva os indivíduos e como eles autorregulam o próprio comportamento influenciam o modo como eles se mantêm em forma.

As características pessoais conseguiram predizer com bastante precisão a probabilidade de as pessoas preferirem atividades de exercícios individuais ou em grupo, um treino padronizado em ginásios, um treino de resistência ou desportos coletivos, além da frequência com que as pessoas se exercitam e se elas seriam capazes de manter a sua rotina de atividade física.

Os indivíduos que escolheram treino padronizado, desportos coletivos ou exercícios em grupo são mais altamente motivados pela conectividade social (afiliação) do que aqueles que escolheram principalmente exercícios aeróbicos (por exemplo, corridas de longa distância) ou de treino de resistência.

Embora todos os participantes estivessem altamente motivados a envolverem-se em atividades físicas para melhorar a saúde, aqueles que se empenharam no treino de resistência e no desporto foram mais motivados por um sentimento de desafio do que por evitar problemas de saúde ou conseguir um controlo de peso.

Outra conclusão interessante é que as diferenças individuais na motivação para se exercitar e o autocontrolo podem predizer a frequência de participação nas atividades.

Indivíduos mais motivados por razões intrínsecas, como prazer, desafio e controlo do stress, exercitam-se com maior frequência. Os participantes do treino padronizado apresentaram a maior motivação intrínseca.

Estudos anteriores concluíram que as pessoas que se exercitam normalmente são mais extrovertidas e conscienciosas, em comparação com uma população média, mas este estudo não encontrou nenhuma variação significativa de traço de personalidade relacionada com diferentes formas de exercício.

“Muitos indivíduos que iniciam programas de exercícios podem, na verdade, selecionar atividades que geram conflitos com os seus interesses, estilos, personalidades e/ou motivos para empenhamento. Os nossos resultados dão suporte à necessidade de programas de exercícios individualizados, não só do ponto de vista físico, mas também motivacional. Ter esses fatores em consideração pode afetar a quantidade de atividade física/exercício que os indivíduos realmente fazem”, concluiu Allyson Box.


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