UNIVERSIDADE

Universitários associam estado de saúde aos hábitos alimentares

Um estudo realizado por estudantes da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto (FCNAUP) concluiu que a maioria dos estudantes universitários acredita que o seu estado de saúde está relacionado com os alimentos que ingere.

Universitários associam estado de saúde aos hábitos alimentares

DOENÇAS E TRATAMENTOS

JOANETES

Pedro Cunha, um dos responsáveis pela investigação, explicou que o estudo, intitulado Food choices and body mass index among University students, surgiu da “falta de informação” sobre a autoperceção de saúde dos estudantes universitários.

“A maioria dos estudos sobre este tópico concentra-se em idosos e não em jovens adultos”, afirmou, acrescentando que o estudo teve como objetivo “perceber quais os principais determinantes das escolhas alimentares” dos estudantes e como é que essas escolhas se relacionavam com o índice de massa corporal (IMC) e a autoperceção de saúde.

O estudo, que envolveu cerca de 400 estudantes da Universidade do Porto (UP), entre os 17 e 36 anos de idade, concluiu que 47 por cento dos participantes determinam as suas escolhas tendo em conta “um padrão alimentar saudável”, 44 por cento pelo sabor dos alimentos, 38 por cento pela qualidade ou frescor, 37 por cento pelo preço e 35 por cento por questões associadas à rotina.

“A ingestão alimentar é passível de ser associada à auto perceção do estado de saúde, ou seja, não se trata de uma variável independente. O que nós comemos pode moldar a forma como nos sentimos e vice-versa”, apontou.

De acordo com Pedro Cunha, o estudo avança ainda que os “maiores valores” de autoperceção do estado de saúde no seio dos universitários está associado à ingestão frequente de peixes, legumes, fruta e hortaliças.

À Lusa, o estudante adiantou que o estudo permitiu também concluir que os valores mais altos de IMC se relacionam com a “apresentação dos alimentos e das embalagens”, seguindo-se de uma “dieta prescrita”, o que fez o grupo “levantar a hipótese de que pode existir uma espécie de ciclo”.

“A motivação para uma melhor perceção do estado de saúde pode diretamente modelar a alimentação dos jovens para um padrão mais saudável”, referiu, adiantando que o objetivo do grupo passa agora por tentar “definir uma estratégia para melhorar a alimentação dos estudantes”.

“O nosso pretexto é tentar definir uma estratégia para melhorar a alimentação através de parâmetros tão imediatos de se ligar à alimentação, neste caso, da perceção do estado de saúde”, frisou.

A investigação, apresentada por Pedro Cunha e Rita Lourenço durante o Encontro de Investigação Jovem da Universidade do Porto (IJUP), foi recentemente “submetida” para ser apresentada no XVIII Congresso da Associação Portuguesa de Nutrição, que decorre de 16 a 17 de maio, no Porto.

Fonte: Lusa

OUTRAS NOTÍCIAS RELACIONADAS


ÚLTIMAS NOTÍCIAS