TRANSPLANTE

Primeiro transplante de sangue do cordão umbilical foi há 30 anos

O primeiro transplante de sangue do cordão umbilical realizou-se há 30 anos. Matthew Farrow, uma criança norte-americana, na altura com cinco anos, e diagnosticado com anemia de Fanconi, uma doença do sangue, incurável e fatal, recebeu o primeiro transplante de sangue do cordão umbilical, doado pela sua irmã recém-nascida, com quem era compatível.

Primeiro transplante de sangue do cordão umbilical foi há 30 anos

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Atualmente, foram já realizados mais de 40 mil transplantes com células do sangue do cordão umbilical criopreservadas em todo o mundo e com resultados comprovados no tratamento de mais de 80 doenças.

O primeiro transplante de sangue do cordão umbilical foi realizado em França, através de uma colaboração transatlântica. A equipa de especialistas decidiu testar a utilização destas células, até então consideradas sem utilidade. Atualmente com 36 anos, Matthew é um adulto saudável, com uma vida ativa.

Da equipa multidisciplinar responsável pelo transplante, fez parte Joanne Kurtzberg, conceituada hematologista e pediatra, que estará em Portugal, pela primeira vez, no próximo dia 13 de abril.

A especialista apresentará um simpósio integrado na Reunião da Primavera da Sociedade Portuguesa de Obstetrícia e Medicina Materno-Fetal (SPOMMF) sobre evolução da transplantação do sangue do cordão umbilical e a eficácia demonstrada pelas células do sangue do cordão umbilical no tratamento de doenças do foro sanguíneo, bem como em aplicações inovadoras em crianças com paralisia cerebral e doenças do espectro do autismo, as suas áreas de especialidade, tendo já várias crianças portuguesas integrado este estudo.

Após o sucesso deste primeiro transplante, outros investigadores ampliaram este trabalho, ao tratarem outros irmãos (HLA) compatíveis usando sangue do cordão, geralmente para o tratamento de leucemias.

O sangue do cordão demonstrou que não só funcionava, como apresentava vantagens relativamente à transplantação com medula óssea. Atualmente, são partilhadas novas tecnologias e conhecimento, permitindo que milhares de pessoas em todo o mundo tenham acesso a terapias inovadoras que permitem o tratamento de diversas doenças com recurso ao sangue e tecido do cordão umbilical.

As células estaminais do sangue do cordão umbilical têm características que as tornam “especiais”, dada a capacidade de se autorrenovarem indefinidamente e de se conseguirem diferenciar em um ou mais tipos de células especializadas.

O sangue do cordão umbilical é, atualmente, considerado uma fonte de células estaminais alternativa à medula óssea e está provada a sua utilização no tratamento de mais de 80 doenças, que incluem doenças do sangue (como leucemias e alguns tipos de anemias) e do sistema imunitário, e ainda doenças metabólicas.

Atualmente, foram já realizados mais de 40 mil transplantes com sangue do cordão umbilical em todo o mundo. A sua utilização encontra-se também em estudo em ensaios clínicos (utilização experimental em humanos), em doenças como paralisia cerebral, autismo, perda auditiva, diabetes tipo 1, lesões da espinal medula, entre outras, o que poderá aumentar o leque de aplicações clínicas do sangue do cordão umbilical.

Fonte: press release

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