ESTATÍSTICA

Esperança de vida é menor nos homens

A esperança de vida nos homens é, em média, 4,4 anos mais baixa do que nas mulheres, uma diferença que aumentou em 16 anos, de acordo com as estatísticas globais da Organização Mundial de Saúde (OMS). Esta foi a primeira vez que o estudo teve em conta as diferenças de sexo.

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Segundo o relatório anual da OMS, em 2000, a esperança de vida média global era de 66,5 anos. Mas 16 anos depois, passou para os 74 (74,2 anos para as mulheres e 69,8 anos para os homens).  Esta diferença entre os dados permitiu concluir que deve prestar-se maior atenção às diferenças de género na elaboração de políticas sanitárias.

De acordo com o relatório, alguns países já têm políticas especiais de prevenção para o sexo masculino, que, em geral, vai com menos frequência ao médico ou consome cinco vezes mais tabaco e álcool do que as mulheres, fatores que contribuem todos para uma menor esperança de vida.

“Em muitas circunstâncias, os homens têm pior saúde do que as mulheres e, embora muito disso tenha uma base biológica, pode ver-se expandida pelas diferenças de género”, destacam as conclusões do relatório da OMS.

O documento também observa que a taxa de suicídio é 75 por cento maior nos homens do que nas mulheres e que a taxa de mortalidade em homicídios é quatro vezes maior no sexo masculino.

As causas desses dados são difíceis de sistematizar porque algumas têm base biológica e outras sociais, admite a OMS, que, como exemplo, indica que as taxas de mortalidade por acidentes de trânsito entre os homens são o dobro das mulheres.

As causas biológicas geram, no entanto, maior mortalidade de rapazes menores de cinco anos (41 por mil) do que de meninas (37 por mil), enquanto as mortes relacionadas com a doença de Alzheimer são mais frequentes nas mulheres do que nos homens, pela sua maior expetativa de vida.

O planeamento da saúde deve levar em conta as diferenças entre homens e mulheres, em termos de exposição a fatores de risco, acesso a serviços e diferenças de salário e é necessário agir quanto antes, aconselha a OMS.

Isto não só leva em conta as diferenças de género, mas também outros fatores estudados em estatísticas anteriores, como o nível de desenvolvimento, uma vez que o relatório também regista uma diferença de 18,1 anos na expetativa de vida entre os países em desenvolvimento (62,7 anos) e desenvolvidos (80,8 anos).

“Dividir os dados por idade, sexo e salários é vital para entender quem está atrasado e por quê”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, num comunicado emitido após a publicação das estatísticas.

A taxa de mortalidade materna no parto é 29 vezes maior nos países em desenvolvimento (onde uma em 41 mulheres que morrem é por causas relacionadas com a maternidade) do que em países desenvolvidos, onde a taxa é reduzida para uma morte por 3 300 partos.

Enquanto nos países desenvolvidos cerca de 80 por cento das mortes ocorrem na faixa etária acima de 70 anos, nas nações mais pobres, as mortes de crianças menores de cinco anos ainda representam um terço do total, sendo que uma em cada 14 crianças morrerá antes do quinto aniversário.

Fonte: Lusa

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