DIABETES

Diabéticos correm maior risco de contrair pneumonia

Uma pessoa com diabetes tem, no mínimo, duas vezes mais probabilidade de contrair pneumonia. Um doente com pneumonia que tenha diabetes fica internado, em média, mais um dia do que um indivíduo que não sofra da doença. A mortalidade, nestes casos, também é superior.

Diabéticos correm maior risco de contrair pneumonia

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Quem tem diabetes corre, por isso, risco acrescido de contrair doenças graves e potencialmente fatais, como a pneumonia, uma das principais causas de morte em Portugal.

Quase dois anos depois de ser fundado pela Respira, com o apoio da Fundação Portuguesa do Pulmão e do GRESP, e no seguimento de entradas de referência como a Liga Portuguesa Contra a Sida, a Associação Portuguesa de Asmáticos e a Associação Portuguesa de Insuficientes Renais, o MOVA dá as boas-vindas à FPAD – Federação Portuguesa de Associações de Pessoas com Diabetes .

Movimento de cidadania, o MOVA tem como principal objetivo a sensibilização da população, dos profissionais de saúde e dos decisores políticos para a importância da vacinação na idade adulta.

“Somos, neste momento, compostos por sete entidades. Todas distintas nas patologias e nas causas que defendem, mas todas unidas num objetivo comum: a promoção dos direitos dos doentes”, explica Isabel Saraiva, vice-presidente da Respira e fundadora do MOVA.

“No caso da vacinação antipneumocócica, causa que originou o nosso Movimento, todas as associações de doentes representam grupos de risco e todas têm indicação para a fazer. É por isso, para nós, MOVA, um privilégio podermos contar com um apoio de peso como a FPAD, e sentir que podemos fazer a diferença na sensibilização para os riscos da pneumonia e na promoção da sua prevenção, junto desta comunidade”, sublinha a responsável.

O controlo da diabetes é fundamental na prevenção de complicações que advêm da doença, onde se incluem as pneumonias. Para além da vacinação antipneumocócica, a prevenção da pneumonia na diabetes passa, também, pela cessação tabágica e pela vacinação anual contra a gripe, gratuita para diabéticos desde a época 2017-2018.

A diabetes diminui as defesas do hospedeiro e cria condições para a infeção por bactérias como o pneumococo. Um estudo a quatro anos (2009 a 2012), intitulado “Prevalence and impact of Diabetes mellitus (DM) among hospitalized community-acquired pneumonia (CAP) patients”, revelou que a prevalência da diabetes nos doentes internados com pneumonia era, no mínimo, o dobro a duas vezes e meia, quando comparada com a população que não sofria da doença.

O mesmo estudo revelou que pequenos aumentos da incidência de diabetes estavam associados a um aumento mais significativo da prevalência da pneumonia na população internada e que um doente com pneumonia que também sofresse de diabetes ficava, em média, mais um dia internado do que um indivíduo sem a doença.

Também a mortalidade se revelou superior nestes casos. De 13,5 por cento registada nas pessoas sem diabetes , passava para 15,2 por cento nas que tinham ambas as morbilidades.

Ou seja, pessoas com diabetes morrem mais de pneumonia. E mesmo quando sobrevivem, ficam internadas mais tempo.

A par da Respira, da Liga Portuguesa Contra a Sida, da Associação Portuguesa de Asmáticos e da Associação Portuguesa de Insuficientes Renais, os membros da FPAD fazem parte dos grupos que, pelas suas comorbilidades, correm risco acrescido de contrair doenças graves e potencialmente fatais, como a pneumonia.

Tal como quem tem diabetes, também as pessoas que sofrem de DPOC ou de asma e de outras doenças respiratórias crónicas, assim como as pessoas cuja imunidade esteja comprometida, ou que tenham recebido um transplante têm maior risco de desenvolver pneumonia.

“É fundamental sensibilizar as pessoas. Dotá-las de conhecimento. Sabemos que nove em cada dez adultos com mais de 50 anos não estão vacinados contra a pneumonia, e que a maioria não o faz por falta de aconselhamento médico”, indica o MOVA.

Isto apesar de existir, desde 2015, uma Norma da Direção-Geral da Saúde (011/2015) que recomenda a vacinação de grupos de adultos com risco acrescido de contrair doença invasiva pneumocócica (DIP).

O MOVA quer inverter esta tendência e contribuir para a melhoria da esperança e da qualidade de vida da população. Reconhece, nos seus membros, parceiros fundamentais neste movimento de cidadania nacional.

Fonte: press release

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