DIETA

É preciso “reabilitar” a dieta mediterrânica

A bastonária da Ordem dos Nutricionaistas, Alexandra Bento, alerta para a importância de os portugueses se voltarem a aproximar da dieta mediterrânica, que é a mais saudável e com menor impacto ambiental.

É preciso “reabilitar” a dieta mediterrânica

GRAVIDEZ E MATERNIDADE

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A propósito do Congresso dos Nutricionistas, que termina esta sexta-feira, 22 de março, na Culturgest, em Lisboa, Alexandra Bento, afirma que temos de “conseguir ser capazes de dar este pequeno grande passo, até porque nós temos uma tradição alimentar que é isto mesmo - saudável e sustentável -, que é a dieta mediterrânica.

Cada vez mais nos afastamos deste padrão alimentar que é saudável e que temos de reabilitar”.

A bastonária da Ordem dos Nutricionistas reconhece ainda que a preocupação dos portugueses em escolher uma alimentação amiga do ambiente tem vindo a aumentar, mas não é muito expressiva.

“A preocupação tem vindo a aumentar nos portugueses, mas não é ainda muito expressiva. Mas, claramente, cada vez mais se fala numa dieta que seja saudável e, em simultâneo, que seja sustentável, porque não se pode separara a dualidade deste conceito”, diz.

Alexandra Bento defende que não se deve retirar qualquer alimento da dieta e sublinha: “poderemos ser tentados a dizer que uma alimentação vegan seria uma alimentação mais sustentável, ela até pode ter menor impacto ambiental, que tem, mas não segue este desiderato de ser, ao mesmo tempo, saudável e sustentável”.

Para ser saudável e sustentável, “é necessário ter sapiência para conseguir que ela seja equilibrada e aí é necessário recorrer a um nutricionista para que ele possa aconselhar, sobretudo se estivermos a falar em crianças”, deixa o alerta.

Em relação às opções vegan, a responsável afirma ainda que “temos resolvida a questão do menor impacto ambiental, mas podemos não ter resolvida a questão do equilíbrio nutricional”, acrescentou.

Alexandra Bento afirma ainda que para a alimentação ser saudável e sustentável tem de ser culturalmente aceite, ser nutricionalmente adequada e ser acessível do ponto de vista económico.

“Teremos de caminhar no sentido de aumentar alimentos de origem vegetal, com redução dos alimentos que têm um conteúdo proteico elevado, ou seja, aumentar a quantidade de alimentos de proveniência vegetal e diminuir os de proveniência animal e, em simultâneo, consumir alimentos que são de maior proximidade, escolher o que é local e sazonal”, aconselhou.

Sobre a retirada de alimentos da dieta por opção, a especialista defende que essa não é uma boa opção se a pessoa não tem problemas de saúde e de intolerância ou alergia.

“A nossa alimentação é mais saudável se tivermos uma grande panóplia de alimentos. Não devemos retirar o leite se não tivermos qualquer problema em relação às proteínas do leite de vaca ou à lactose, nem os alimentos com glúten se não tivermos doença celíaca ou sensibilidade” a este nutriente, explica.

De acordo com a especialista, “esta contrainformação em relação ao que é o supostamente saudável em nada beneficia a saúde das pessoas”.

Fonte: Lusa

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