SÍNDROME

Há novas pistas sobre causas da síndrome do “coração partido”

Conhecida como síndrome do “coração partido”, esta condição assemelha-se em tudo a um ataque cardíaco. No entanto, trata-se de uma condição clínica muitas vezes negligenciada. Um estudo suíço vem agora demonstrar que esta síndrome pode ser uma resposta cerebral a um evento traumatizante.

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Um estudo desenvolvido por investigadores suíços e agora publicado no European Heart Journal sugere que o cérebro seja o grande responsável pela síndrome do “coração partido”, levando ao enfraquecimento súbito deste órgão.

Também conhecida como síndrome de takotsubo – uma vez que esta condição leva a que o coração se assemelhe a um pote japonês com o mesmo nome – a síndrome do coração partido pode ser adquirida após um trauma emocional.

Embora diferente de um ataque cardíaco causado por vasos bloqueados, apresenta, no entanto, sintomas semelhantes, incluindo a falta de ar e dor no peito. Muitas vezes, um evento infeliz é o gatilho.

Pode ser temporária, com a total recuperação do músculo cardíaco ao fim de alguns dias, semanas ou meses. Em alguns, casos pode ser mortal.

A sua causa exata não é conhecida, no entanto, os especialistas acreditam que esta pode estar ligada a níveis elevados de hormonas, tais como a adrenalina.

Jelena Ghadri, do Hospital Universitário de Zurique, observou o cérebro de 15 pacientes com esta síndrome e descobriu várias diferenças em relação ao cérebro de pessoas saudáveis.

O aspeto mais importante é que havia menos comunicação entre regiões do cérebro envolvidas no controlo das emoções e observaram-se respostas inconscientes ou automáticas no organismo, com incidência sobre o batimento cardíaco.

“As emoções são processadas no cérebro, então é concebível que a doença possa ter origem no aqui e com influência sobre o coração”, avança Ghadri.
Joel Rose, diretor executivo da Cardiomyopathy UK, afirma que esta análise é importante para “compreendermos uma forma de cardiomiopatia que é frequentemente negligenciada e que continua a ser um mistério”.

A investigadora da British Heart Foundation, Dana Dawson, da Universidade de Aberdeen, diz que “estes novos dados suportam algo que há muito tempo se suspeitava - que há uma interação cérebro-coração de takotsubo”.

Fonte: BBC

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