Investigadores do Hospital Geral de Massachusetts, em Boston, nos Estados Unidos, entrevistaram 254 pacientes após a primeira consulta virtual e 61 médicos que participaram do primeiro ano completo do programa.

Os pacientes foram vistos nos departamentos de psiquiatria, neurologia, cardiologia, cuidados primários e oncologia.

Os pesquisadores descobriram que 79 por cento dos pacientes relataram que encontrar um horário conveniente para uma consulta virtual de vídeo de acompanhamento era mais fácil do que encontrar tempo para uma consulta tradicional, enquanto 62 por cento relataram que a qualidade das consultas de vídeo virtual não era diferente das visitas em consultório.

Um em cada cinco pacientes (21 por cento) achava que a qualidade geral das consultas virtuais era melhor. Os resultados foram semelhantes para os médicos, com 59 por cento que forneceram consultas virtuais de vídeo a informar que, para os pacientes selecionados, a qualidade das consultas virtuais era comparável às ocorridas no consultório, enquanto um terço considerava que a qualidade das consultas presenciais era melhor.

Mais profissionais de saúde do que pacientes sentiram que as visitas ao consultório ofereciam uma melhor “conexão pessoal” (46 por cento versus 33 por cento). A maioria dos pacientes (68 por cento) avaliou as consultas virtuais em nove ou dez numa escala de dez pontos.

Aqueles que classificaram as consultas com uma pontuação mais baixa geralmente tinham tido problemas técnicos, embora geralmente fossem resolvidos no momento das consultas com assistência técnica.

Os pesquisadores não acreditam que os pacientes não achassem as consultas virtuais mais convenientes, mas ficaram impressionados com o facto de quase todos perceberem que a qualidade do atendimento ou da comunicação é a mesma ou até melhor do que nas consultas presenciais.