ALIMENTAÇÃO

É possível adaptar alimentação e desporto aos genes

Cada pessoa possui um perfil genético único, com necessidades nutricionais únicas. É por isso que um plano alimentar baseado na genética é duas a três vezes mais eficaz do que um plano convencional.

É possível adaptar alimentação e desporto aos genes

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E é também por esse motivo que duas pessoas que sigam o mesmo plano alimentar igual podem obter resultados diferentes. A nutrigenética tem uma explicação e, melhor ainda, a solução para a adaptação do estilo de vida à genética de cada um.

“A grande maioria das pessoas tem uma ideia generalizada do que significa ter uma alimentação saudável: redução de hidratos de carbono, ingestão de carnes brancas, leguminosas e frutas, e prática de exercício físico regular. Mas, nesta equação, falta um fator indissociável, que é o nosso perfil genético. Os genes podem ser comparados a uma impressão digital: são únicos em cada pessoa e, por isso, definem as nossas características individuais. Características essas que podem ser a explicação para o facto de, por exemplo, fazermos diariamente um certo tipo de desporto e alimentação que consideramos que são os mais recomendados na perda de peso, e depois não vemos resultados. A boa notícia é que a responsabilidade pode ser, em parte, da genética. A notícia ainda melhor é que isso não é motivo para desistir: conhecendo o seu perfil genético, obtém os resultados pretendidos com mais facilidade. A nutrigenética é a base da nutrição personalizada: permite conhecer as necessidades do organismo e elaborar um plano alimentar personalizado para suprir essas mesmas necessidades”, explica Carla Guilhas, especialista em Medicina Preventiva Personalizada da SYNLAB.

Mas não é apenas na alimentação e no desporto que a genética tem influência. Através de estudos de nutrigenética de prevenção, é possível descobrir qual a eficácia do metabolismo da gordura, do açúcar, da cafeína, do álcool e da lactose (fatores importantes na perda de peso), identificar o risco de lesões, e obter informação sobre a predisposição para determinado tipo de patologias (como a obesidade), tendências (consumo de açúcares e envelhecimento) ou dependências (álcool e nicotina).

“Toda esta informação genética é possível de obter através de uma amostra de saliva. Existem laboratórios de análises clínicas que incluem a oferta de um relatório com as recomendações para a elaboração de um plano de saúde completo e personalizado, com base na genética da pessoa. Mas é importante fazer uma distinção entre os vários tipos de testes disponíveis no mercado: um bom teste é aquele que faz uma análise genética tendo como base os vários genes para os quais existem estudos comprovados sobre a sua influência na saúde e bem-estar”, conclui a especialista.

Apesar de serem complementares e permitirem melhorar a saúde através da alimentação, uma análise nutrigenética é diferente de um estudo de intolerância alimentar.

Os estudos de intolerância alimentar (ou hipersensibilidade alimentar) avaliam a resposta do sistema imunitário face a determinados alimentos. Quando existe elevada reatividade a um determinado alimento, é recomendável limitar o seu consumo ou eliminá-lo temporariamente da alimentação.

A análise nutrigenética determina que alimentos, ou nutrientes se deve incluir ou evitar no plano alimentar, em função do perfil genético de cada um. Ao contrário dos estudos de intolerância alimentar, não analisa as reações à hipersensibilidade alimentar.


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