Já conhece a dieta pegan, a nova tendência alimentar?
A dieta pegan está a tornar-se numa nova tendência e ganha cada vez mais adeptos. O plano alimentar é uma combinação das dietas paleolítica ou simplesmente paleo e da vegan e foi eleito uma das tendências para 2019 por diversos rankings de dieta e alimentação.
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O criador da dieta pegan é o médico americano Mark Hyman. Especializado em nutrição, ele decidiu unir o que considera o melhor de duas dietas opostas: a paleo e a vegan. Enquanto a primeira apoia-se principalmente no consumo de proteínas, a segunda não admite produtos de origem animal, sendo composta por grãos, frutas, legumes e sementes.
A nova dieta baseia-se nos princípios comuns dessas duas vertentes: a abundância de frutas e vegetais, que devem corresponder a mais da metade do prato e a 75 por cento da alimentação diária.
Por outro lado, a pegan permite o consumo de algumas proteínas de origem animal e hidratos de carbono complexos. Isso significa que é menos radical que as duas dietas separadamente e mais fácil de ser seguida.
A primeira vez que a dieta foi apresentada ao mundo foi em 2014, num post feito por Hyman no seu blog. Mas a dieta ganhou popularidade apenas em 2018, após o lançamento do seu livro “Comida – Afinal de contas, o que devemos comer?” (Editora Best Seller). Na obra, o norte-americano apresenta os princípios da dieta.
Como na paleo, a dieta baseia-se no consumo de carnes, oleaginosas, sementes e óleos. Tudo isso, combinado com muitos vegetais variados, como na vegan. A combinação fornece um aporte seguro e necessário de proteínas, hidratos de carbono e gorduras boas e evita problemas associados a uma alimentação desequilibrada, como inflamações e desenvolvimento de doenças crónicas.
Os alimentos permitidos na dieta pegan são: peixes (salmão, sardinha e anchova frescos), carne biológica ou sustentável, oleaginosas (castanhas, amêndoas, nozes, pistache, etc.), óleos vegetais feitos com gordura saudável (azeite de oliva, óleo de coco e óleo de abacate), sementes (abóbora, linhaça e chia), vinagre, açúcares naturais (como melaço de cana ou mel puro), grãos integrais (arroz integral, quinoa, etc.), leguminosas (feijões, grão de bico e lentilha), chás e vegetais e frutas (de preferência, biológicos e da época).
Alimentos processados (peito de peru, presunto), vegetais e frutas cultivados com pesticidas, alimentos transgénicos, açúcar e hidratos de carbono refinados, industrializados (refrigerantes, temperos e sumos em pó), frutas de alto índice glicémico, alimentos com glúten e laticínios (exceto manteiga ghee) são proibidos.
Embora seja menos restritiva e mais fácil de ser seguida – em comparação com as dietas vegan e paleo – a pegan também é alvo de críticas. Os seus críticos afirmam que a ausência ou baixo consumo de alimentos extremamente nutritivos – como trigo e outros grãos com glúten ou laticínios – podem trazer prejuízos ao organismo.
Os críticos desta dieta também discordam da preferência por frutas de baixo índice glicémico – em detrimento de outras frutas que são tão nutritivas quanto ou até mais, apesar de um índice mais alto – e da limitação da quantidade de feijão (a dieta recomenda a ingestão de, no máximo, meia chávena, de vez em quando).