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Dieta rica em sal afeta mais as mulheres que os homens

Uma dieta com baixo teor de sal pode ser mais benéfica na redução da pressão arterial para as mulheres do que para os homens. Embora a retenção real de sal não seja maior nas mulheres, ainda assim, há um efeito que aumenta a pressão arterial destas num nível maior do que a dos homens, quando ambos ingerem uma mesma quantidade de sal.

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A conclusão é de um estudo da equipa do investigador Eric Belin de Chantemele, fisiologista da Universidade de Augusta, nos Estados Unidos, num artigo publicado na revista Hypertension.

Depois de apenas sete dias a consumir uma dieta rica em sal, a capacidade de ratinhos fêmeas para relaxar os vasos sanguíneos diminuiu, enquanto a pressão arterial aumentou.

“Quando demos aos roedores uma dieta com alto teor de sal por uma semana, observámos um aumento na pressão sanguínea de cerca de 10 mmHg - o que é clinicamente significativo - apenas nas fêmeas”, disse a investigadora Jessica Faulkner.

O problema foi resolvido com a administração de uma droga que bloqueia diretamente a aldosterona – uma hormona que constringe os vasos sanguíneos e que é encontrada naturalmente em níveis mais altos nas fêmeas e é ainda mais elevado por uma dieta rica em sal.

O tratamento com a eplerenona, antagonista da aldosterona, restaurou uma pressão sanguínea mais saudável e a capacidade do revestimento dos vasos sanguíneos em relaxar.

A pressão sanguínea nas cobaias machos e fêmeas eram semelhantes no início dos testes, e os níveis de aldosterona mais elevados nas fêmeas, uma diferença típica entre os sexos.

Os testes revelaram que, nos machos, a ação da interação sal-aldosterona funciona: o aumento da ingestão de sal suprime a aldosterona, o que ajuda a protegê-los dessa rota para a hipertensão.

No entanto, as fêmeas que ingeriram muito sal não suprimiram tanto a aldosterona, de forma que os níveis de aldosterona e a pressão arterial ficaram mais elevados.

Os resultados fornecem mais evidências de que o sistema de aldosterona é um alvo particularmente eficaz para as mulheres com problemas patológicos como obesidade e hipertensão sensível ao sal, concluiu a equipa.


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