ALIMENTAÇÃO

Insegurança alimentar mata milhares de pessoas por ano no mundo

Cerca de 420 mil pessoas morrem anualmente por causa de alimentos contaminados com bactérias, parasitas ou químicos nocivos, que fazem adoecer 600 milhões de pessoas no mundo, alertaram várias organizações internacionais.

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“Atualmente, o mundo produz alimentos suficientes para toda a gente”, mas estão mal distribuídos e uma parte significativa “não é segura”, afirmou o diretor-geral da agência das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO, na sigla em inglês), José Graziano da Silva.

A FAO, a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a União Africana chamaram a atenção para a falta de segurança alimentar, que provoca mais de 200 doenças diferentes, numa conferência inédita realizada na capital da Etiópia, Adis Abeba.

A OMS estima que um décimo da população mundial sofre de doenças provocadas por alimentos contaminados, especialmente as crianças com menos de cinco anos, mais vulneráveis às doenças diarreicas, que provocam mais mortes.

O impacto sente-se também nos serviços de saúde sobrecarregados e nos danos às economias nacionais, que totalizam 83,5 mil milhões de euros por ano, segundo a FAO.

Na primeira conferência internacional sobre inocuidade alimentar, que decorreu até esta quarta-feira, 13 de fevereiro, estiveram representados 125 países que discutiram uma declaração comum não vinculativa em que se apela às nações para tomarem medidas.

“Há um interesse maior dos países africanos”, disse à France Presse o diretor do departamento da segurança alimentar da OMS, Kazuaki Miyagishima.

Desde logo, o primeiro desafio apontado na declaração é que se reconheçam “conceitos de inocuidade alimentar nas políticas nacionais e regionais” e que se defina “um compromisso político firme e ações coerentes” para que se promovam “dietas saudáveis e diversificadas”.

Defende-se também um maior investimento nos “sistemas nacionais de controlo alimentar” para os tornar capazes de enfrentar emergências e garantir alimentos com segurança, “com atenção especial aos segmentos populacionais mais vulneráveis”.

Fonte: Lusa

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