A condição, chamada gastrosquise, é causada por um orifício na parede do abdómen, próximo ao umbigo. O orifício pode ser pequeno ou grande, e às vezes outros órgãos, como o estômago e até mesmo o fígado, podem também estar fora do corpo do bebé, de acordo com investigadores do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês).

Por ano, cerca de 1 800 bebés nos Estados Unidos nascem com gastrosquise, de acordo com o CDC.

Os casos de gastrosquise continuam a aumentar e foram observadas taxas mais altas de casos em municípios que tinham uma maior ocorrência de prescrição de opioides, segundo os pesquisadores.

Verificou-se que os municípios que tinham maiores taxas de prescrição de opioides apresentaram quase duas vezes mais bebés nascidos com gastrosquise, em comparação com os municípios com baixas taxas de prescrição de opioides.

Os bebés nascidos com gastrosquise precisam de uma operação para corrigir a condição. Eles também podem precisar de outros tratamentos, incluindo nutrientes administrados por via intravenosa, antibióticos e monitorização da temperatura corporal.

Para o novo estudo, os pesquisadores analisaram casos de gastrosquise em 20 estados norte-americanos, de 2006 a 2015, e observaram um aumento na maioria dos grupos etários.

Quando associaram dados de prescrição de opioides aos casos de gastrosquise, os investigadores encontraram uma prevalência maior de gastrosquise onde as taxas de prescrição de opioides eram mais altas.

Os pesquisadores alertaram que essa descoberta não significa que as mulheres que usam opioides durante a gravidez terão um bebé com gastrosquise. A descoberta, no entanto, é um alerta de que mais pesquisas sobre o uso de opioides durante a gravidez e o seu efeito sobre os bebés são necessários.

O estudo foi publicado no CDC Morbidity and Mortality Weekly Report.