Cerca de 30% das cirurgias adiadas por greve já foram feitas no SNS
Cerca de 30 por cento do total de cirurgias canceladas devido à greve dos enfermeiros no final do ano passado já foram realizadas até meados deste mês e todas no Serviço Nacional de Saúde, segundo os dados oficiais.
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Ao todo, os números do Ministério da Saúde enviados à agência Lusa mostram que foram realizadas, até 13 de janeiro, 2 291 operações das mais de 7 500 canceladas entre 22 de novembro e 31 de dezembro, período durante o qual durou a greve dos enfermeiros em blocos operatórios em cinco grandes centros hospitalares.
Entretanto, foram também já reagendadas outras 2 314 operações e que estão previstas realizar até dia 13 de fevereiro.
As restantes cirurgias, cerca de 2 900, vão ser reprogramadas para serem feitas até dia 31 de março, tanto em hospitais do Serviço Nacional de Saúde como em entidades convencionadas, ao abrigo de vale cirurgia, caso ultrapassem o tempo máximo de resposta garantido.
O Centro Hospitalar do Porto foi o que mais cirurgias adidas já realizou até ao dia 13 de janeiro, conseguindo fazer 654 operações das 1 913 canceladas devido à greve.
O Centro Hospitalar de São João, no Porto, foi o que teve mais cirurgias adiadas devido à greve, num total superior a 2 400, tendo já realizado 559.
No Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra foram realizadas 650 das 1 741 adiadas, no Centro Hospitalar Lisboa Norte foram feitas 285 cirurgias das 816 adiadas e em Setúbal fizeram-se, até 13 de janeiro, 143 das 578 operações canceladas.
A agência Lusa tentou, junto do Ministério da Saúde, perceber o impacto financeiro da greve cirúrgica nas várias instituições, mas, até ao momento, não obteve resposta.
Há cerca de uma semana, a administração do Centro Hospitalar Lisboa Norte anunciou, no Parlamento, que a greve dos enfermeiros em blocos operatórios teve um impacto financeiro de pelo menos de 1,8 milhões de euros só em perda de proveitos.