Os cientistas verificaram que o polifenol presente neste fruto, bem como as antocianinas, podem inibir a disfunção dos vasos sanguíneos e linfáticos e ajudar a manter a estabilidade vascular.

Para o estudo, a equipa analisou o efeito do polifenol boysenberry na saúde vascular em animais em estado de stress metabólico; um grupo de ratos recebeu uma dieta rica em gordura, enquanto outro grupo recebeu uma dieta padrão por oito semanas.

Depois disso, os ratos na dieta rica em gordura receberam o polifenol nas suas águas durante seis a oito semanas.

Os resultados mostraram que o polifenol não causou alterações significativas no peso corporal, ingestão de alimentos, frequência cardíaca, intolerância a glicose sistémica e pressão arterial sistólica ou diastólica em ratos obesos.

No entanto, o polifenol de amora melhorou o aumento do nível de espécies reativas de oxigénio na aorta dos animais, devido ao stresse metabólico induzido pela obesidade.

A dieta rica em gordura também causou um menor grau de dilatação dos vasos sanguíneos nas artérias ilíacas de ratinhos e o tratamento com polifenóis de amora restaurou a dilatação normal dos vasos sanguíneos.

Estes resultados sugerem que o polifenol de amora-preta pode prevenir a disfunção endotelial causada pelo stresse metabólico, disseram os autores.

As descobertas, publicadas na revista PLoS ONE, sugerem, desta forma, que o consumo de amoras pode prevenir a disfunção endotelial e ajudar a manter a estabilidade vascular.