PNEUMONIA

Pneumonia: estamos 100 vezes mais vulneráveis nesta época do ano

O risco de contrairmos pneumonia aumenta quase 100 vezes nesta altura. Um cenário agravado pelo pico da gripe, por si só potenciadora da doença, e pelas próprias circunstâncias do nosso país onde, segundo o Observatório Nacional das Doenças Respiratórias, se registam 57 óbitos por pneumonia por cada 100 mil habitantes, o dobro da média na União Europeia.

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“Portugal é, atualmente, o país europeu com a maior taxa de mortalidade por pneumonia, doença prevenível por vacinação. Mais do que tratar uma pneumonia, devemos evitá-la e a vacinação antipneumocócica é forma mais eficaz de o fazermos”, afirma a Fundação Portuguesa do Pulmão (FPP).

Embora se registem casos de pneumonia ao longo de todo o ano, é na época da gripe que ocorre o maior número de episódios. A interação entre o vírus da gripe e o pneumococo aumenta o risco de pneumonia pneumocócica em quase 100 vezes.

A vacinação anti-pneumocócica é a melhor forma de prevenir a pneumonia, doença que, de acordo com o Observatório Nacional das Doenças Respiratórias, em 2015, foi responsável por 16 por cento das mortes nos internamentos.

“Só por si, a gripe intensifica o risco de pneumonia”, explica José Alves, presidente da FPP, salientando que “a prevenção continua a ser a melhor solução para travar esta doença”.

Os sintomas da gripe podem ser semelhantes aos da pneumonia e a maioria da população tem dificuldade em distingui-los podendo, por isso, subvalorizar situações potencialmente graves.

“O conhecimento dos sintomas, o recurso atempado aos cuidados médicos e sobretudo a sua prevenção, com a vacinação contra a gripe e a vacinação anti-pneumocócica poderão fazer toda a diferença”, continua Rui Costa, coordenador do GRESP – Grupo de Estudos de Doenças Respiratórias da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF).

Os quadros de pneumonia e gripe uma vez confundidos, podem atrasar a procura de ajuda médica. Tosse com expetoração, febre, calafrios, falta de ar, dor no peito quando se inspira fundo, vómitos, perda de apetite e dores no corpo são sintomas possíveis da pneumonia, que podem surgir como complicação de uma gripe. Devemos estar particularmente atentos a quadros de gripe que não apresentem melhorias, ou que vão piorando de forma continuada.

“No entanto, mais do que tratar uma pneumonia, devemos preveni-la. Podemos fazê-lo em qualquer altura do ano e, no caso dos adultos, basta uma dose única. Pessoas com mais de 65 anos, ou todos os adultos que apresentem co-morbilidades crónicas como diabetes, asma, doença respiratória crónica, doença cardíaca, portadores de VIH e doentes renais, estão mais vulneráveis, e, por isso, têm particular indicação para a imunização”, indicam os especialistas.

A pneumonia é responsável por, aproximadamente, 1,6 milhões de mortes por ano em todo o mundo, sendo, por isso, uma das principais causas de morte preveníveis através de vacinação.

Em Portugal, os custos em tratamentos e internamentos são de uma média de 80 milhões de euros por ano, o que significa que, por dia, se gastam 218 mil euros com a doença.

Fonte: press release

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