O método permite a identificação enquanto o risco ainda é baixo, ajudando os cardiologistas a prevenir os problemas do coração nos pacientes.

Num estudo publicado na revista PLoS ONE, os cientistas, do Hospital Israelita Albert Einstein, no Brasil, afirmam que o aumento da concentração de duas proteínas no sangue do paciente indica a presença de placas de gordura nas artérias, o que eleva o risco de enfarte.

Atualmente, os cardiologistas utilizam métodos como teste ergométrico e tomografia para detetar as placas de gordura no sangue. Porém, as alterações só são captadas no teste quando o risco já é muito alto, na ordem de 70 a 80 por cento de obstrução. A tomografia, por sua vez, é um exame caro e expõe o paciente à radiação.

Os cientistas analisaram o sangue de 30 pacientes saudáveis e o de outros 100 com níveis diferentes de obstrução por gordura. Como as placas formadas no interior das artérias são envolvidas por uma camada de cálcio, a equipa procurou proteínas que atuam na metabolização do cálcio.

As proteínas, chamadas RANKL e MGP, têm a função de fixar e retirar o cálcio que envolve as placas, respetivamente. Quando os seus níveis estão elevados, os cientistas afirmam que é um indício da presença de gordura no sangue ou mesmo do início do processo de acumulação desta. Assim, a vantagem da nova técnica é a capacidade de detetar as placas enquanto ainda estão em processo de formação.

Os médicos querem agora realizar mais pesquisas com um número maior de amostras para comprovar a descoberta.