Idosos que mantêm vida sexual ativa têm mais qualidade de vida
Os idosos que mantêm a sua vida sexual ativa registam uma melhor qualidade de vida, revela um estudo internacional publicado na revista Sexual Medicine.
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Cerca de 40 por cento dos inquiridos durante o estudo, com idades entre os 50 e os 85 anos, admitiram que fazem sexo com regularidade e que, por isso, se sentem melhor, mais vivos e com menos problemas de saúde.
O estudo foi realizado por investigadores da Universidade Anglia Ruskin e do Universidade College London, ambas no Reino Unido e contou com a participação de 6 879 adultos com idades entre os 50 e os 89 anos.
A investigação concluiu que os idosos com uma vida sexual ativa são pessoas mais felizes, satisfeitas e realizadas, apresentando índices que permitem medir os níveis de qualidade de vida superiores à média.
No caso das mulheres, as que são beijadas e/ou acariciadas mais vezes evidenciam, em média, indicadores próximos dos homens que fazem mais sexo.
“Os resultados deste estudo indicam que o coito é mais importante para os homens mais velhos do que para as mulheres mais velhas”, refere a publicação. “Os profissionais de saúde têm de perceber que os adultos mais velhos não são assexuados”, afirma o investigador Lee Smith.
“As pessoas mais velhas não são, por norma, encorajadas a experimentar novas posições [sexuais], nem a explorar diferentes tipos de atividades [sexuais]”, critica o cientista.
“As descobertas do nosso estudo sugerem que pode ser benéfico para os médicos questionar os pacientes mais velhos sobre a sua atividade sexual”, acrescenta.
“Os profissionais de saúde devem oferecer-lhes ajuda para [lidarem com possíveis] dificuldades sexuais, como problemas com ereções, já que a atividade sexual ajuda as pessoas mais velhas a viverem vidas mais gratificantes”, afirma ainda o investigador, adepto de (novas) políticas de saúde que incentivem as pessoas mais idosas a ir mais longe no que se refere ao sexo, explorando novas posições sexuais.