Estudo analisa como proteger crianças do stress
Investigadores da Universidade Emory, nos Estados Unidos, sugerem que uma forte relação parental pode anular os efeitos do stress em crianças, alterando a forma como estas percebem os sinais ambientais que os ajudam a distinguir entre o que é seguro ou perigoso.
MATURIDADE E REFORMA
ESPERANÇA DE VIDA - Aumenta a expectativa, divergem os limites…
Mesmo entre estudiosos e investigadores não foi ainda possível estabelecer consenso relativamente ao potencial de envelhecimento do ser humano. É no entanto possível perspetivar com razoável segurança a evolução da esperança de vida nas próximas décadas, caso não surjam cataclismos, naturais ou artificiais, que influenciem ou travem essa tendência. LER MAIS
Para estudar o impacto da relação de cuidador, os investigadores utilizaram ressonâncias magnéticas funcionais para observar a atividade na amígdala, uma área fundamental do cérebro que processa o medo e a emoção.
Foram mostradas às crianças, com idades entre os oito e os 13 anos, uma série de fotos de rostos adultos que eram neutras ou expressavam medo.
As amígdalas das crianças que sofreram violência nas suas vidas tornaram-se mais ativas em resposta aos dois tipos de rostos, o que sugere que essas crianças podem envolver-se em respostas emocionais, de luta ou fuga, mesmo para sinais sociais que não são particularmente ameaçadores.
E nas crianças que não tinham sofrido violência, as amígdalas eram mais ativas apenas em resposta aos rostos medrosos.
Noutra parte da experiência, mães e filhos colaboraram numa tarefa, ao mesmo tempo que os investigadores avaliavam as expressões das mães durante a interação.
Quando as mães foram mais positivas em relação aos seus filhos, as amígdalas das crianças mais jovens, com idades entre os oito e os dez anos, mostraram uma diminuição ao longo do tempo em resposta às caras com medo. Isso sugere que, em crianças pequenas, o relacionamento com a mãe afeta a resposta do cérebro a potenciais ameaças ambientais. O mesmo efeito não foi observado em crianças mais velhas.
Os resultados indicam que, mesmo que uma criança cresça num ambiente stressante, os relacionamentos parentais positivos podem protegê-la.