A diferença entre a expetativa de vida de ricos e pobres da sociedade na Inglaterra está a aumentar, de acordo com uma pesquisa do Imperial College London.
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Publicada na revista Lancet Public Health, a pesquisa também revela que a expetativa de vida das mulheres mais pobres da Inglaterra caiu desde 2011, algo que os investigadores afirmam ser uma tendência “profundamente preocupante”.
O estudo analisou dados sobre todas as mortes registadas na Inglaterra entre 2001 e 2016 - 7,65 milhões de mortes no total.
Os resultados revelaram que a diferença da expetativa de vida entre os setores mais abastados e mais carentes da sociedade aumentou de 6,1 anos em 2001 para 7,9 anos em 2016 para mulheres e de 9,0 para 9,7 anos em homens.
A expetativa de vida das mulheres nas comunidades mais carenciadas em 2016 foi de 78,8 anos, em comparação com 86,7 anos no grupo mais rico. Para os homens, a expetativa de vida foi de 74 anos entre os mais pobres, em comparação com 83,8 anos entre os mais ricos.
A equipa também analisou as doenças que contribuíram para o aumento desta diferença; embora tenham descoberto que as pessoas nos setores mais pobres morriam a uma taxa mais alta de todas as doenças, várias doenças mostravam uma diferença particularmente nítida entre ricos e pobres.
As doenças que levaram a uma perda particularmente grande da longevidade em pessoas pobres em comparação com os ricos foram mortes de recém-nascidos e doenças infantis, doenças respiratórias, doenças cardíacas, cancros pulmonares e digestivos e demências.
