PNEUMONIA

Pneumonia mata 23 portugueses por dia

Transversal à sociedade, a pneumonia pode afetar todas as faixas etárias. A pneumonia tem uma elevada prevalência com um elevado impacto social, tendo como consequência mais grave a morte. Só em Portugal mata, todos os dias, 23 pessoas.

Pneumonia mata 23 portugueses por dia

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Consciente do papel fundamental da sua prevenção, o MOVA – Movimento Doentes pela Vacinação organizou uma ação de sensibilização sobre a pneumonia e os problemas com ela relacionados.

Chama-se “Movimento pela Prevenção da Pneumonia” e, 12 de novembro, Dia Mundial, disponibiliza gratuitamente espirometrias, oximetrias, testes de colesterol e glicémia e testes tabágicos – todos estes testes avaliam fatores que interferem com a nossa saúde respiratória – para sensibilizar a população, os profissionais de saúde e os decisores políticos para a importância da sua prevenção.

Esta campanha vai ter lugar entre as 10h00 e as 18h00 na Praça do Oriente, em Lisboa, e terá como objetivo sensibilizar a população para a pneumonia e para os problemas com ela relacionados.

O apelo à prevenção é a grande mensagem deste Movimento, que estará na Praça do Oriente com uma Unidade de Saúde Móvel, onde uma equipa de profissionais de saúde vai realizar espirometrias, oximetrias, testes de colesterol e glicémia e testes tabágicos e transmitir informação sobre a doença.

A campanha é gratuita e dirige-se a toda a população, sobretudo, aos adultos com mais de 18 anos que sofram de algum tipo de doença crónica e a todas as pessoas com mais de 65 anos.

“O seu principal objetivo é alertar a sociedade civil, a par da comunidade científica, para a importância de prevenir a pneumonia . Pretende-se abordar as pessoas na rua, dar-lhes a oportunidade de testarem a sua capacidade respiratória e de se aconselharem com profissionais de saúde qualificados”, afirma a organização.

Na realidade, são registados casos de pneumonia ao longo de todo o ano, mas é nesta época do ano que se registam o maior número de ocorrências. A vacinação antipneumocócica é segura e a forma mais eficaz de se proteger e prevenir a pneumonia.

Apesar de ser transversal à sociedade, há quem esteja mais vulnerável à pneumonia . É o caso das crianças ou adultos que apresentem doenças crónicas como diabetes, asma, DPOC, doença respiratória crónica, doença cardíaca, doença hepática crónica, portadores de VIH e doentes renais. Por fazerem parte dos grupos de risco, têm indicação da DGS para se vacinarem.

Indivíduos a partir dos 65 anos, cujo sistema imunitário começa a ficar, naturalmente, mais fragilizado e suscetível a doenças infeciosas, também têm indicação médica para o fazer.

Apesar disso, as taxas de vacinação antipneumocócica são muito baixas – nove em cada dez adultos com mais de 50 anos revelou recentemente não estar vacinado contra a pneumonia. Isto apesar de existir, desde 2015, uma Norma da Direção-Geral da Saúde (011/2015) que recomenda a vacinação de grupos de adultos com risco acrescido de contrair doença invasiva pneumocócica.

A efetividade da vacinação contra a pneumonia bacteriana pelo pneumococo ficou provada num estudo recente onde se registou uma redução de 73 por cento dos internamentos de adultos com mais de 65 anos, imunizados com a vacina antipneumocócica.

“A vacinação deve ser uma preocupação ao longo da vida, em particular depois dos 65 anos, e, em casos de maior fragilidade, como acontece com os doentes crónicos. Estudos como este reforçam o nosso apelo”, explica Isabel Saraiva, fundadora do MOVA – Movimento Doentes pela Vacinação. “A redução das taxas de internamento diminuirá, naturalmente, o número de mortes associadas à pneumonia”, acrescenta.

Também os custos ligados ao internamento – cerca de 218 mil euros diários – tenderão a diminuir significativamente, acrescenta.

Fonte: press release

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