Pequeno-almoço será mesmo a refeição mais importante do dia?
A ideia de que o pequeno-almoço é a refeição mais importante do dia já faz parte do senso comum. Dependendo do que se come ao pequeno almoço, as pessoas podem sentir-se saciadas até ao almoço ou, pelo contrário, com muita fome, ao ponto de fazer más escolhas alimentares ao longo do dia.
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Até ao século XIX, não era dada ao pequeno almoço a importância que hoje tem. Comia-se apenas o que tinha em casa, que, muitas vezes, consistia nos restos do jantar da noite anterior.
Como conta o Huffington Post, é com a entrada da mulher no mercado de trabalho, já no século XX, que se viu a necessidade de optar por uma refeição rápida e suficientemente nutritiva para alimentar os filhos e não só antes de se ir trabalhar.
A nível de marketing, muitos aproveitaram a crescente aposta na primeira refeição do dia para vender certos produtos como foi o caso do bacon, nos Estados Unidos, que se acreditou ser – em conjunto com ovos – a melhor opção para um pequeno-almoço completo e nutritivo.
Por parte da ciência, a conclusão de vários estudos parece ir ao encontro da ideia que era tendencialmente proferida pelo marketing – começar o dia com um bom pequeno almoço reflete-se num melhor desempenho ao longo do dia, bem como melhor ação digestiva, defendem vários especialistas.
Mas há também quem analise o outro lado – o de se ‘saltar’ esta refeição. Tal escolha é vista como positiva, caso o almoço seja feito de boas escolhas alimentares, se assim for, a organização alimentar resulta numa maior queima de calorias, segundo o American Journal of Clinical Nutrition.
Mas qual será a melhor opção de pequeno-almoço? Para quem quer começar o dia com uma refeição bastante nutritiva, a escolha deve basear-se na proteína e gordura insaturada. Se acrescentar algum vegetal, ainda melhor. Quanto aos hidratos de carbono, opte sempre pelos complexos (integrais), que garantem saciedade por bastante mais tempo.